Guedes informou ainda que uma psicóloga conversou com o menino que se encontrava numa sala do fórum a fim de verificar se ele teria condições de falar durante a audiência, concluindo que a criança não tinha condições para tal. Durante a audiência, o advogado de defesa de Angelina pediu a revogação da prisão preventiva da ré – que se encontra presa em Ibotirama desde dezembro -, pedido que será analisado e decidido posteriormente pelo juiz, em conjunto com os promotores de Justiça.
Roberto Carlos e Angelina foram denunciados ao juízo da Vara Criminal de Ibotirama pela promotora de Justiça Mariana Tejo de Oliveira (titular da 2ª Promotoria de Justiça da Comarca de Seabra), por tentativa de homicídio qualificado, sendo a denúncia recebida pelo juiz Antônio Marcos Tomaz Martins no início de janeiro. Na denúncia, a representante do Ministério Público assinalou que os acusados tentaram matar a criança por motivo fútil e utilizando-se de um meio cruel. De acordo com Mariana Tejo, eles queriam vingar-se da mãe do menino porque ela estava discutindo com o padastro por sentir ciúmes de Angelina em virtude de desconfiar da existência de envolvimento amoroso entre os acusados. A promotora de Justiça lembrou ainda que o próprio Roberto Carlos confessou o crime durante interrogatório realizado na Delegacia de Ibotirama, oportunidade em que contou que saía para passear com o enteado e o levava para a residência de Angelina a fim de efetivar o ritual de magia negra, introduzindo de três a quatro agulhas no corpo da criança por vez. Mariana Tejo acrescentou que a intenção de Bertinho era matar o menino para se vingar da mãe e manter um relacionamento amoroso com Angelina. O menino passou por três cirurgias em Salvador, recebendo alta do Hospital Ana Néri em 22 de janeiro último. Roberto Carlos não foi ouvido pois aguarda autorização para exame de sanidade mental, a ser realizado em Salvador.
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