Polícia pede prisão de prefeitos de São José da Lapa e Vespasiano

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Desvio de dinheiro público. Essa é a acusação apresentada no pedido de prisão em desfavor do prefeito de Vespasiano, Carlos Murta (PMDB), e de Francisco Fagundes de Freitas (PT), prefeito de São José da Lapa, políticos da Região Metropolitana de Belo Horizonte são suspeitos de desvio de verbas.

Carlos Murta, prefeito de Vespasiano/MG
Carlos Murta, prefeito de Vespasiano/MG

Eles são investigados pela “Operação Catagênese”, deflagrada em março de 2015 para apurar o desvio de recursos públicos em contratos de fornecimento de combustíveis para o abastecimento da frota de 19 prefeituras.

De acordo com a polícia, os inquéritos, que foram concluídos e enviados à Justiça na semana passada, apontaram indício de fraudes em licitações das prefeituras de São José da Lapa e Vespasiano para contratação do Posto de Combustíveis Energia Ltda., que fica em Vespasiano.

Além de Murta e Freitas, a polícia indiciou e pediu a prisão do dono do posto, do filho dele, que cuida do controle financeiro da empresa, da gerente e de quatro servidores das prefeituras. Os investigados podem responder por desvios de recursos públicos e participação em organização criminosa. A corporação ainda solicitou o afastamento dos cargos de todos os agentes públicos municipais.

A polícia afirmou que o Judiciário ainda não se manifestou sobre os pedidos de prisão. O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) não confirmou o recebimento dos inquéritos.

Francisco Fagundes de Freitas, prefeito de São José da Lapa
Francisco Fagundes de Freitas, prefeito de São José da Lapa

INVESTIGA??ES: Segundo a polícia, entre janeiro de 2013 e março de 2015, houve o pagamento irregular de cerca de R$ 700 mil pela prefeitura de Vespasiano e cerca de R$112 mil pela prefeitura de São José da Lapa ao posto.

De acordo com as investigações, o desvio seria realizado a partir do abastecimento de veículos particulares, que era custeado pelas prefeituras. Além disso, um mesmo cupom seria pago duas vezes pelos cofres públicos. Os servidores municipais também são suspeitos de receber notas fiscais emitidas pelo posto de gasolina e atestar de forma fraudulenta a regularidade.

Procurada pelo G1, a prefeitura de Vespasiano informou, por meio de nota, que seus processos de licitação são realizados rigorosamente dentro da lei e que não há qualquer irregularidade. Ainda segundo o Executivo municipal, os gastos com combustíveis passam por ??rigoroso controle? e auditoria de empresa externa especializada.

A reportagem também entrou em contato com a prefeitura de São José da Lapa, mas não conseguiu localizar o prefeito ou sua assessoria.

Já a gerência do Posto Energia informou que a ainda não foi notificada sobre a decisão da polícia e que, por ora, não vai se manifestar sobre a conclusão do inquérito.

Com informações do G1/MG

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