Justiça decreta prisão preventiva dos pais do bebê morto em Prado

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Os pais do bebê morto na cidade pradense vão continuar presos. Essa foi a decisão da justiça criminal da comarca do Prado proferida nesta quarta-feira (07).

O casal – Jorge Mendes Carneiro Júnior (41 anos) e Erisângela Santos Silva (38 anos e grávida de três meses) – vai permanecer detido, a partir de agora, por força de um mandado de prisão preventiva, expedido pelo juiz criminal, Dr. Leonardo Coelho.

A decisão atendeu à pedido apresentado, na segunda-feira (05), pelo delegado de polícia, Dr. Júlio César Telles, após concluir as investigações em torno do caso.

Os dois estavam presos desde o dia 09 de novembro por força de um mandado de prisão temporária (30 dias). Advogados de defesa encaminharam o pedido de liberdade do casal ao Tribunal de Justiça da Bahia (TJ/BA), mas o pedido foi negado na última sexta-feira (02).

reconstituicao-do-caso-pedro-carneiro-morto-apos-cair-de-caminhonete-hilux-em-prado-2ENTENDA – O pequeno Pedro Silva Carneiro (9 meses) chegou morto à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24 Horas do Prado na noite do dia 29 de outubro. Os pais contaram que a criança caiu da porta traseira da caminhonete (Toyota/Hilux), dirigida pelo pai, com a mãe no banco do carona.

O casal e a criança tinham saído da Praia da Paixão, sentido à cidade do Prado, pela estrada litorânea pradense. Em determinado ponto, contaram os pais à polícia, perceberam que a porta estava aberta e que o filho caiu, durante freada.

O pedido de prisão preventiva levou em consideração os resultados obtidos através do trabalho de exumação do corpo, perícia no veículo e na dinâmica para apurar a reprodução simulada dos fatos.

O laudo de medicina legal apontou que o bebê morreu devido às lesões na cabeça (uma na região temporal esquerda – acima da orelha -, outra na região parietal – nuca – e uma terceira fratura na mandíbula – também conhecida como maxilar ou queixo).

Eu seu relatório, o médico perito médico, Dr. Welson Nascimento, descreve as lesões ósseas encontradas no corpo do bebê como causas da morte, não podendo determinar se ocorreram por queda, acidente de trânsito, arremessamento ou lesões produzidas por pressão da força.

Em outra frente, os peritos do Departamento da Polícia Técnica (DPT), trabalham para confeccionar o laudo da reprodução simulada e da perícia realizada no veículo. O perito criminal, Bruno Melo, disse que o desafio é esclarecer cientificamente os fatos narrados pelos pais e a possibilidade de ter ou não ocorrido um acidente, frente às fraturas ósseas localizadas em três diferentes partes da cabeça da criança, além da localização de sangue dentro do veículo e no bebê conforto.

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