Manifestantes estão desde a madrugada deste sábado, dia 1º de julho, bloqueando o Canal do Tomba, local por onde navegam as barcaças que transportam eucalipto para a indústria de celulose da Fíbria, em Aracruz/ES.
O protesto conta com a participação de pescadores e marisqueiras integrantes da Reserva Extrativista de Cassurubá, responsável pela proteção da diversidade ambiental existente em parte dos municípios de Caravelas, Nova Viçosa e Alcobaça, onde existem cerca de 2.000 pescadores e marisqueiras artesanais.
A empresa de celulose Fibria realiza a dragagem do Canal do Tomba. Segundo os manifestantes, este processo promove a degradação ambiental no território ao liberar sedimentos que contribuem para o assoreamento do ambiente estuarino, carreamento de material lamoso às praias e recifes de corais, soterramento dos bancos camaroeiros, alteração na dinâmica hídrica estuarina e limitação às áreas tradicionais de pesca.
Por conta deste impacto ambiental, a Fibria Celulose se comprometeu em cumprir uma série de condicionantes determinadas pelo IBAMA, devido aos impactos na Zona de Amortecimento da unidade de conservação federal. O Programa de Apoio às Atividades Pesqueiras, com financiamento de projetos em caráter indenizatório às comunidades tradicionais da Resex de Cassurubá, é uma dessas condicionantes.
A queixa dos manifestantes estaria, justamente neste ponto. Pescadores e marisqueiras acusam empresa de consultoria, contratada pela Fíbria, de cooptar falsas lideranças e associações de fachada, no intuito de dividir, enfraquecer e manipular a participação popular nos processos decisórios da Reserva Extrativista.
A Fíbria Celulose ainda não se manifestou.
Em sua página social, o deputado estadual, Marcelino Galo (PT), manifestou apoio à causa dos pescadores e marisqueiras que vivem no entorno da Reserva Extrativista de Cassurubá. Veja abaixo:
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