Péssimas condições de alojamento, falta de fornecimento de equipamentos de proteção e refeições precárias levaram um grupo de 38 lavradores supostamente contratados para colher café em uma fazenda extremo sul da Bahia a abandonar o local e buscar ajuda em Itabela. Depois de serem deixados na rodoviária, eles procuraram a assistência social do município, que acionou o Ministério Público do Trabalho (MPT) e o Ministério do Trabalho. Após relatar a situação aos auditores e procuradores, o grupo recebeu hospedagem e alimentação até que o caso seja esclarecido.
Segundo relatos dos procuradores Italvar Medina e Geisekelly Marques e dos auditores Daniela Palhano e Rafael Lopes, que acompanham o caso, os 38 trabalhadores, todos do município de Murici, em Alagoas, chegaram a Itabela na manhã de ontem. Eles foram deixados na rodoviária de Itabela depois de decidirem não continuar trabalhando na colheita de café, dadas as condições precárias a que estavam expostos, segundo relatos dos próprios lavradores. Sem dinheiro para comprar passagens para retornar para o município onde residem, pediram apoio à Prefeitura, que acionou o MPT e a Gerência do Trabalho de Eunápolis.
Os auditores-fiscais do Ministério do Trabalho do Brasil e os procuradores do MPT que estiveram no local conseguiram recursos para que o grupo passasse a noite em uma pousada e a prefeitura se comprometeu a garantir a alimentação deles até que sejam esclarecidas as circunstâncias do fato relatado. A prioridade dos agentes é prestar apoio aos trabalhadores envolvidos, bem como elucidar os fatos denunciados.
.