Intervenções robóticas reduzem risco de incontinência em pessoas submetidas a cirurgias de próstata

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A realização de cirurgias de próstata ganhou uma grande aliada nos últimos anos, as intervenções robóticas. O tratamento, que é uma das modalidades possíveis para a doença, apresenta um risco menor o desenvolvimento de incontinência urinária de urgência em pacientes.

 

Uma das três tipificações mais comuns para um problema pouco falado, a incontinência de urgência se caracteriza pela vontade abrupta de ir ao banheiro. 

 

Convidado pelo Bahia Notícias para falar sobre o assunto, o professor de Urologia da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Lucas Batista, explicou que “o advento da cirurgia robótica diminuiu a taxa de incontinência urinária, porque você consegue entregar uma tecnologia mais avançada e acaba tendo uma recuperação, um retorno da continência mais rapidamente”. 

 

A condição, apesar de acontecer com frequência em pacientes homens submetidos aos procedimentos, é uma realidade na vida de diversas mulheres, que além desta incontinência, têm 70% a 80% de chances a mais de desenvolver outro tipo de incontinência: a de esforço.

 

“Nelas acontecem as duas, principalmente a de esforço. Os principais fatores da mulher é quando se tem múltiplas gestações, se o parto for com trabalho, quem teve parto normal principalmente. Obesidade, menopausa, diabetes, cirurgias pelvicas ou do útero também podem provocar”, ressaltou o médico.

 

A incontinência de esforço pode ser percebida após o mínimo esforço – seja um espirro, uma risada ou uma tosse. Além das duas formas, há ainda a mista, quando a pessoa apresenta um quadro com sintomas das duas condições. 

 

Nesta segunda-feira (14), foi comemorado o Dia Mundial da Incontinência Urinária, criado para conscientizar a população sobre o tema. Para Lucas Batista, “até mesmo antes dos sintomas, a definição de incontinência urinária é muito importante, porque existem os principais tipos e as pessoas precisam entender”. 

 

Na Bahia, com o início da pandemia, e após a consequente suspensão de procedimentos cirúrgicos que não considerados urgentes, os chamados eletivos, as intervenções para a correção do problema estão sendo procuradas com maior intensidade agora. 

 

“Tenho muitos pacientes com incontinência urinária e outros que têm câncer, que não operaram ou que não foram diagnosticados porque não fizeram biópsia, ressonância, não diagnosticaram, não fizeram PSA e estão fazendo agora”, disse Batista, avaliando a lotação das unidades de saúde após a pandemia. 

 

Dentre as medidas de prevenção à incontinência, elenca Lucas Batista, estão o cuiddo com as taxas glicêmicas, o empenho com atividades físicas e fisioterapia para o fortalecimento do assoalho pélvico. “No menor sintoma a pessoa deve procurar o médico urologista para dar início ao tratamento adequado”, aconselhou.

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