População desocupada diminui, mas 12 milhões ainda estão sem emprego

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Os números do desemprego no Brasil diminuíram e atingiram o menor índice desde 2016. Com 11,2% de taxa de desocupação, o país segue, no entanto, com 12 milhões de pessoas desempregadas. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), publicados nesta quinta-feira (31/3), relativos ao trimestre até fevereiro. 
Quanto à renda média do brasileiro, em comparação com fevereiro de 2020, houve uma queda de 8,8% – o menor índice já registrado em um trimestre encerrado em fevereiro, desde o início da série histórica da pesquisa em 2012. 
O número de empregados sem carteira assinada no setor privado teve alta de 18,5%, relativo a 1,9 milhão de pessoas no ano. Já a taxa de informalidade representa 40,2% da população ocupada, ou 38,3 milhões de trabalhadores informais. 

Taxa de desocupação 

Conforme o IBGE, a taxa de desocupação teve um recuo de 0,4 ponto percentual em relação ao trimestre de setembro a novembro de 2021 (11,6%) e 3,4 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano anterior.
A população desocupada recuou 3,1%, ou 389 mil pessoas, frente ao trimestre anterior e 19,5% em relação ao último ano. 
O contingente de pessoas ocupadas foi estimado em aproximadamente 95,2 milhões, com estabilidade ante o trimestre anterior e alta de 9,1% – 7,9 milhões de pessoas – frente ao mesmo período de 2020. 
O nível de ocupação, percentual de pessoas ocupadas  na população com idade para trabalhar, foi estimado em 55,2%. Enquanto a taxa composta de subutilização caiu 1,5 ponto percentual, comparado a última pesquisa, e é de 23,5%. 
A população subocupada por insuficiência de horas trabalhadas corresponde a 6,6 milhões de pessoas. Já a população fora da força de trabalho teve alta de 0,7%, e representa 65,3 milhões de brasileiros. 
A população desalentada caiu 20,2% e indica 4,7 milhões de pessoas nessa condição. 
A força de trabalho – pessoas ocupadas e desocupadas – foi estimada em 107,2 milhões de pessoas.

Trabalhadores informais 

O número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado foi de 34,6 milhões de pessoas, subindo 1,1% frente ao trimestre anterior. A taxa de trabalhadores por conta própria caiu 1,9%, com 25, 4 milhões de pessoas. 
No trabalho doméstico, são 5,7 milhões de pessoas, uma alta de 20,8% no ano. O número de empregadores subiu 5,2%, totalizando 4,1 milhões. No setor público, o número de empregadores é de 11,3 milhões. 

Rendimento 

O rendimento real habitual, de R$ 2.511 no trimestre encerrado em fevereiro, apresentou estabilidade frente ao trimestre de setembro a novembro de 2021 e redução de 8,8% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, segundo o IBGE.
A massa de rendimento real habitual (R$ 234,1 bilhões) ficou estável em ambas as comparações.
Entre os grupamentos de atividades, frente ao trimestre móvel anterior, houve aumento no grupamento de Outros serviços (4,0%, ou mais 189 mil pessoas) e redução no grupamento de Construção (3,5%, ou menos 261 mil pessoas).
Foram registrados crescimento na Indústria Geral (8,8%,), Construção (13,1%,), Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (11,9%), Transporte, armazenagem e correio (8,0%), Alojamento e alimentação (25,6%), Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas (5,7%), Outros serviços (15,2%) e Serviços domésticos (21,0%). Os demais grupamentos não apresentaram variação significativa. 
Quanto ao rendimento médio real habitual, houve alta em Construção (6,0%), Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (2,8%) e Serviços domésticos (3,7%). 
Na comparação com o trimestre de dezembro de 2020 a fevereiro de 2021 não houve crescimento em qualquer categoria. 

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