A ruptura do PP com a base aliada, além do estrago causado ao tabuleiro petista para a sucessão estadual, provocará danos substanciais à governabilidade do Palácio de Ondina. Com a adesão da bancada do PP ao bloco oposicionista na Assembleia, que será formalizada hoje no Diário Oficial do Legislativo, a minoria contará com 28 dos 63 parlamentares da Casa – sete a menos que a tropa governista. No início do ano, tinha só 17. Subiu para 19 com a chegada de dois dissidentes da base: Mirela Macedo (PSD) e Marcelinho Veiga (PSB), que migrou após o sogro, o deputado federal Marcelo Nilo, anunciar apoio ao ex-prefeito ACM Neto (União Brasil). Agora, somará os nove integrantes do PP.
Era uma vez
Embora não tenha maioria absoluta na Assembleia, alcançada a partir de 32 deputados, a oposição implodiu a chamada maioria qualificada da bancada rival. Em suma, três quintos da Casa ou 38 votos, mínimo exigido para aprovar Propostas de Emenda à Constituição (PECs) e projetos que reformem os códigos tributário e da Previdência.
Suor na testa
Com a perda de musculatura no Legislativo, o governador Rui Costa terá dificuldade até para emplacar matérias por maioria absoluta. Caso dos projetos de lei complementar, que dependem de 32 votos favoráveis. Antes da crise com o PP, porém, Rui já patinava para destravar a pauta da Assembleia e pôr em votação a transferência da Embasa à iniciativa privada, devido a seguidas quedas de sessões por baixo quórum. Hoje, a articulação da base tem dúvidas se existe apoio consolidado para a agenda de interesse do Executivo. O cenário tende a piorar após 4 de abril, quando ocorrerá a redistribuição de espaços nas comissões permanentes por causa da nova composição de poder na Casa, onde o governo tinha domínio pleno.
Cliente tem sempre razão
Empenhado em reduzir o nível de vulnerabilidade no duelo com a oposição, Rui trabalha para manter parte dos parlamentares e prefeitos do PP na aliança petista. Mesmo que consiga minimizar a sangria, ficará obrigado a negociar sempre em condições menos confortáveis se quiser aprovar projetos do governo. O que significa escancarar a cancela para atender pedidos de deputados dispostos a mandar a lealdade para o buraco a qualquer hora.
Bobo da corte
O ex-BBB baiano Adriano de Castro roubou ontem a cena na visita do presidente Jair Bolsonaro às Obras Sociais Irmã Dulce (Osid), mas de forma negativa. Mais exaltado da claque bolsonarista, o vilão do primeiro BBB, exibido em 2002, cortou várias vezes a fala do presidente aos gritos de “mito”. Só parou com a enquadrada ao pé do ouvido feita por um membro do Cerimonial do Planalto.
Água fria
Apesar do furor, a passagem do presidente frustou expectativas de dirigentes das Osid. No caso, o anúncio de verbas para construir o centro de ressonância magnética do Hospital Santo Antônio. Ouviram apenas o governo tratar como novidade o repasse de mais de R$ 9 milhões para a compra de equipamentos, liberado em janeiro do ano passado.
Esse filme, que está na Netflix, traz cena em que um dos personagens coage duas crianças a masturbá-lo, enquanto abre o zíper da calça. Vergonha para o cinema nacional
Paulo Câmara, deputado estadual do PSDB, ao engrossar a cruzada contra o longa Como se Tornar o Pior Aluno da Escola, lançado há quase cinco anos e que só agora virou alvo de polêmica
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