Aconteceu na tarde desta segunda-feira (21), em Salvador, uma manifestação contra o genocídio da juventude negra. O ato faz referência ao Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial, 21 de março, e foi organizado pela Frente Contra Genocídio. Dezenas de manifestantes levaram ao Centro Administrativo da Bahia (CAB) faixas e cartazes que diziam ??Vidas negras importam? e ??Por que uma PM negra só mata negro??.
Organizações do movimento negro realizaram uma caminhada que teve início às 14h, na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), acompanhada por tambores do Olodum e Ilê Aiyê. Na ocasião, foi entregue aos deputados uma carta como um protesto formal. Participaram do ato associações como o Movimento Negro Unificado (MNU), União de Negros Pela Igualdade (Unegro) e Fórum de Entidades Negras.
??Só negros morrem nessa pseudo-guerra contra o tráfico. Por isso a gente se uniu hoje fazendo uma frente contra o genocídio da juventude negra para questionar essa forma de governo?, disse Osvalrizio Júnior, diretor do Ilê Aiyê.
O membro-fundador da Central de Entidades Negras (CEN), Marcos Rezende, lembrou os jovens mortos pela polícia na Gamboa na madrugada do dia 1º de março e pediu a instalação de câmeras nas fardas dos policiais militares. “Por que todos os mortos são negros? Queremos uma resposta a essas chacinas, queremos mudança de comportamento”, colocou.
Nas redes sociais, a Frente Contra Genocídio publicou: ??O ato é um protesto contra as missões sangrentas da Polícia Militar que possui números alarmantes contra a vida de jovens da periferia onde 100% dos abatidos pela ação da polícia comandada pela Secretaria de Segurança Pública, são negros e negras?, disse a Frente Contra Genocídio, em suas redes sociais.
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