Acidente com ex-BBB reforça a segurança do cinto de segurança no banco traseiro

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O equipamento e o uso são obrigatórios. Quando não utilizado amplia os riscos em um possível acidente e ainda gera multa

Você utiliza cinto de segurança no banco traseiro? Se sua resposta for não ou a vezes, repense a forma como se comporta no trânsito. Um exemplo trágico do não uso do equipamento aconteceu na noite desta quinta-feira (31). O ex-BBB Rodrigo Mussi, 36 anos, estava no banco traseiro e sofreu traumatismo craniano e múltiplas fraturas pelo corpo ao ser arremessado. O motorista, que dirigia um veículo por aplicativo, usava o cinto e saiu ileso do acidente.

Na maioria dos carros zero-quilômetro um alerta é emitido quando o carro começa a rodar, geralmente quando ultrapassa 20 km/h ou 30 km/h. Em alguns o aviso é apenas para o que transita no banco do motorista, outros, alertam o passageiro da frente e até os que estão no banco traseiro. Alguns fabricantes incorporaram esses avisos para melhorarem suas notas em testes de segurança.

Além de aumentar os riscos, desde 1998, trafegar sem o uso do cinto de segurança é uma infração. O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) diz que é o equipamento é obrigatório por todos os passageiros de um veículo. O motorista do veículo recebe uma multa grave com penalização no valor de R$ 195,23 e tem cinco pontos somados a sua Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

Se você sabe que tem multa, risco e ainda é avisado, por que anda sem afivelar o cinto? Se ainda precisa de argumentos, aqui vai mais um: seu corpo solto no carro pode esmagar outra pessoa! Isso acontece por conta da física.

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Os danos em um acidente podem ser minimizados com o uso do cinto

Para entender isso, imagine a seguinte situação: um veículo que se desloca numa velocidade de 60 km/h e colide numa parede de concreto. O passageiro do banco traseiro tem 60 kg e está sem o equipamento de segurança. Neste acidente, todos os ocupantes serão arremessados para a frente e o ocupante traseiro irá comprimir contra o banco dianteiro com o equivalente a 900 kg – ou seja, 15 vezes mais que seu peso.

Com o impacto, o passageiro poderá ter um problema sério em sua coluna na área cervical ou até mesmo ser arremessado para fora do veículo tanto através do para-brisa quanto pela janela, correndo o risco de esmagar o motorista. 

Então, aos motoristas, que são responsáveis pela condução: não transporte ninguém, principalmente atrás de você, sem cinto.

Meu carro tem airbags
Já questionei algumas pessoas que insistem em guiar sem cinto e a resposta foi: “meu carro tem airbags”. Sinto dizer, mas nesse caso é pior do que se não tivesse.

Sem cinto, o acionamento do airbag pode causar ferimentos, pois o corpo do ocupante fica solto, se aproximando demais da área de expansão da bolsa ?? que no caso do motorista fica alojado no meio do volante. A distância considerada adequada entre o tórax e o volante ou painel contendo o airbag é de cerca de 45 centímetros.

Outra coisa: em caso de acidente o cinto de segurança prende o corpo ao banco. Se o equipamento não estiver em uso, o airbag vai abrir e arremessar a pessoa para trás. Esse efeito chicote pode quebrar o pescoço ou a cervical.

Cuidados a bordo
Ao transitar em um meio de transporte que funciona por aplicativo convém, depois de afivelar o cinto, trocar algumas palavras com o motorista. As empresas não monitoram há quantas horas o profissional está ao volante. Ele pode ter saído de outro emprego ou estar muito cansado.

Se você notar que o condutor está desatento ou fadigado, encerre a corrida.

Cinto de três pontos
Obrigatório para todos os assentos de carros zero-quilômetro comercializados no Brasil a partir de 2020, o cinto de três pontos foi criado em 1959. O inventor foi Nils Bohlin, engenheiro da Volvo que havia sido contratado um ano antes.

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Nils Bohlin, criador do cinto de segurança de três pontos

Na época, os cintos de segurança eram fixados apenas em dois pontos e não prendiam a parte acima da cintura do corpo dos ocupantes, o que geralmente resultava em sérias lesões nos casos de colisões em alta velocidade.

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