Gasolina em BH chega a R$ 7,89 e etanol até a R$ 6

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Vinícius Prates*

 

O preço médio da gasolina fechou o mês de abril com aumento de 0,98% em Belo Horizonte e região metropolitana, em comparação aos preços da primeira semana de abril com a última, isto é, intervalo de 21 dias. Levantamento feito pelo Mercado Mineiro e pelo aplicativo ComOferta mostra que os preços tiveram uma leve alta. Ao todo, foram consultados os preços em 130 postos da capital mineira, entre os dias 25 e 30 de abril. Segundo a pesquisa, com o aumento no valor da gasolina comum, o litro do combustível pode ser encontrado até por R$ 7,89. Entre os postos de Belo Horizonte, o menor preço encontrado da gasolina comum foi R$ 7,49, variação de 5,34% em comparação ao maior valor.

 

De janeiro de 2021 a abril de 2022, o preço médio da gasolina subiu 63%, equivalente a R$ 2,95. O preço médio era R$ 4,65 e subiu para R$ 7,60. De acordo com o levantamento, um tanque de 50 litros era enchido com o gasto de R$ 232,50 em janeiro de 2021; atualmente, para encher um tanque, o valor é de R$ 380,03, em média, aumento de R$ 147,53.

 

Para os usuários de etanol, o cenário também é desanimador. O menor preço encontrado entre os postos pesquisados foi de R$ 5,59 e o maior, R$ 6,08 ??? diferença de 13,52% entre um estabelecimento e outro. Também em comparação à primeira e última semana de abril, o etanol teve alta de 13,57% no preço médio, ou seja R$ 0,69 por litro.

 

De janeiro de 2021 a abril de 2022, o preço médio do etanol subiu 80,44%. O valor, que era R$ 3,21, foi para R$ 5,79, aumento de R$ 2,58. Um tanque de 50 litros era completado com R$ 160,50 em janeiro de 2021; agora, o valor para encher um tanque é de R$ 289,60, aumento de R$ 129,10. De acordo com o economista e coordenador do Mercado Mineiro e aplicativo ComOferta, Feliciano Abreu, no momento atual o etanol não é viável para o bolso do consumidor quando comparado aos preços médios, correspondendo a 76% do preço médio da gasolina comum.

 

???Hoje, 70% do valor da gasolina é R$ 5,32. Como o etanol está a R$ 5,78, isso corresponde a 76% do valor da gasolina, que está aí a R$ 7,60. Então não é vantagem, pelo menos enquanto o preço não voltar à realidade do consumidor. Consumidor esse que espera que o etanol faça uma concorrência maior com esses aumentos que tivemos na gasolina”, explica o economista. ???Lembrando que a safra de cana vai entrar agora, provavelmente na primeira quinzena de maio, e pode, de alguma forma, dar um alívio para o bolso do consumidor. Se não tivesse tido esse aumento no último mês, sem dúvidas, a vantagem seria muito maior para o etanol” completa.

 

No caso do diesel, o preço médio do litro subiu 0,75% nos últimos 21 dias, passando de R$ 6,71 para R$ 6,73. De janeiro de 2021 a abril deste ano, o preço médio do diesel s10 subiu 74,90%. O preço médio era R$ 3,85 e foi para R$ 6,73, aumento de R$ 2,88 por litro. Durante a pesquisa, o menor preço por litro do diesel encontrado foi de R$ 6,54 e o maior R$ 6,99, uma variação de 6,88%.

 

Mudança na bomba Os revendedores de combustíveis de todo o país vão exibir os preços com duas casas decimais, e não mais com três, como acontece atualmente. A medida passa a valer a partir de sábado. ?? o que determina a Resolução 858/2021, da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que deu prazo para as revendedoras se adequarem até essa data. Segundo informou ontem a ANP, o objetivo da mudança é deixar o preço do combustível mais preciso e claro para o consumidor, alinhado-o com a expressão numérica da moeda brasileira. Os preços deverão ser exibidos com duas casas decimais, tanto no painel de preços quanto nos visores das bombas abastecedoras.

 

A ANP salientou, entretanto que, nas bombas, será permitido que o terceiro dígito seja mantido, desde que seja zero e fique travado no momento do abastecimento. A agência entende que, dessa forma, os postos não precisarão trocar os módulos das bombas, o que poderia acarretar custos aos agentes econômicos. Como a terceira casa decimal estará zerada e travada, a percepção é que não haverá dúvidas e que o objetivo da regra é dar clareza aos consumidores. A agência avaliou que essa mudança não implicará impactos no valor final dos preços dos combustíveis, uma vez que ela não trará custos relevantes aos revendedores, nem restrições aos preços praticados.

 

 

* Estagiário sob supervisão do subeditor Marcílio de Moraes 

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