Rio de Janeiro dá a largada do uso de câmeras portáteis nos uniformes de policiais militares. Ao participar, nesta segunda-feira, da solenidade que marcou o início da utilização do equipamento, o governador do estado, Cláudio Castro, voltou a defender a operação policial realizada na semana passada na Vila Cruzeiro, no Complexo de Favelas da Penha, na zona norte da cidade, e que deixou pelo menos 23 mortos.
A ação teve a participação de dezenas de agentes do Batalhão de Operações Especiais da PM, e das Polícias Federal e Rodoviária Federal. O objetivo era prender lideranças da maior facção criminosa em atuação no Rio.
Castro reiterou que foi cumprida a determinação do STF, que restringe as operações policiais em favelas e com aviso prévio ao Ministério Público. Mas, garantiu que vai cumprir o prazo de 30 dias dado na última sexta-feira, pelo ministro Edson Fachin, do STF, para que o governo do estado ouça entidades, como a OAB e a Defensoria Pública, na elaboração de um plano para reduzir a letalidade policial em operações.
Segundo o governador, foram compradas 21 mil câmeras portáteis, a serem instaladas, inicialmente, em uniformes de policiais militares de nove batalhões da capital que atuam em locais de patrulhamento.
Sobre o uso do equipamento por agentes em operações, Castro disse que vai depender da curva de aprendizado com esta primeira experiência. Mas, segundo ele, é preciso ter cuidado para não mostrar a estratégia e o sigilo da operação.
O início da implantação das câmeras estava previsto para 16 de maio, só que foi adiado a pedido da empresa fornecedora dos equipamentos.
A medida já foi adotada no estado de São Paulo. De acordo com levantamento da Polícia Militar, os batalhões que adotaram o sistema de câmeras pessoais tiveram redução de 87% nas ocorrências de confronto.
Geral Rio de Janeiro 30/05/2022 – 20:03 Leila Santos / GT Passos Cristiane Ribeiro – Repórter da Rádio Nacional rio Câmeras segurança Policiais segunda-feira, 30 Maio, 2022 – 20:03 165:00
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