Greve dos motoristas de ônibus em SP atinge até 1,5 milhão de passageiros; rodízio está suspenso

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Motoristas de ônibus e cobradores voltaram a paralisar parte do transporte público de São Paulo nesta quarta-feira, 29, para exigir outras reivindicações. Hora de almoço remunerada, participação nos lucros e resultados e plano de carreira estão na pauta dos trabalhadores. De acordo com a SPTrans, a paralisação afeta 675 linhas diurnas e 6.008 ônibus, que transportariam 1,5 milhão de passageiros no pico da manhã e, durante a madrugada, 88 das 150 linhas noturnas não operaram. Liminar na Justiça do Trabalho determina a manutenção de 80% da frota operando nos horários de pico e 60% nos demais horários, sob pena de multa diária de R$ 50 mil. Sindicato patronal garantiu reajuste salarial de 12,47% na última greve, realizada no dia 14 deste mês.

A greve foi uma decisão unânime tomada em assembleia do Sindmotoristas e uma nova reunião deve ocorrer na sede do sindicato às 15h desta quarta, logo após o Tribunal Regional do Trabalho emitir a decisão final do julgamento a respeito do impasse entre os trabalhadores e as empresas de ônibus. O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), afirmou ter sido pego de surpresa pela greve, chamou o ato de ???irresponsabilidade??? e alegou que os trabalhadores não estão cumprindo a decisão judicial que obriga a maior parte da frota a circular normalmente. A prefeitura determinou a suspensão do rodízio de veículos para esta quarta e liberou as faixas de ônibus para a circulação de carros, na tentativa de evitar transtornos no trânsito. Metrô e trens estão funcionando normalmente neste momento.

Segundo a SPTrans a partir das 4h, a operação em todas as garagens dos grupos estrutural e de articulação regional foi interrompida, exceto na Express, na Zona Leste. O Grupo Local de Distribuição não foi afetado. As vans do serviço Atende+, que transportam pessoas com deficiência de alto grau de severidade, estão operando normalmente. No terminal Campo Limpo, 12 linhas estão sendo estendidas até o Vila Sônia para permitir conexão com o sistema metroviário. No terminal Vila Nova Cachoeirinha, 11 linhas estão sendo estendidas até os terminais Barra Funda e Santana, bem como as três linhas do terminal Casa Verde. Já no terminal Varginha, quatro linhas estão sendo estendidas até o terminal Grajaú, onde há conexão com a linha da CPTM. Três linhas da Conexão Petrônio Portela foram prolongadas para o Terminal Lapa e outras cinco linhas da Conexão Vila Iório foram prolongadas para o Terminal Lapa.

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