Bruno e Dom: políticos pedem punição rigorosa a envolvidos em assassinatos

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Políticos repercutiram a informação de que a Polícia Federal encontrou restos mortais na área indicada por Amarildo da Costa Oliveira, o Pelado, suspeito de matar o indigenista Bruno Pereira, servidor licenciado da Funai, e o jornalista inglês Dom Phillips, colaborador do The Guardian.

 

Pelado confessou à PF que Bruno e Dom foram assassinados com disparos de armas de fogo e, posteriormente, tiveram os corpos queimados, esquartejados e enterrados. O material encontrado será enviado para perícia em Brasília.

Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) disse estar pesaroso com a notícia e defendeu que a lei seja aplicada de forma rigorosa para todos os envolvidos no crime.

Wilson Lima (União Brasil-AM), jornalista e governador do Amazonas, agradeceu às forças de segurança e aos militares, porém ignorou os esforços de ribeirinhos e indígenas para encontrar os desaparecidos.

Entre os candidatos ao Palácio do Planalto na eleição de 2022, o episódio só foi comentado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Luciano Bivar (União Brasil). O presidente Jair Bolsonaro (PL) não postou nada sobre o caso após a entrevista coletiva da força-tarefa.

 

Desaparecimento

No domingo, dia 5 de junho, Bruno Pereira e Dom Phillips desapareceram a poucos quilômetros do Vale do Javari, segunda maior reserva indígena do Brasil. Eles viajavam de barco pelos mais de 70 quilômetros que ligam o Lago do Jaburu ao município de Atalaia do Norte, no Amazonas.

Na última vez em que foram vistos, o indigenista e o jornalista pararam na comunidade de São Rafael, às 6h, onde tinham uma reunião marcada com o líder pescador Manoel Vitor Sabino da Costa, conhecido como Churrasco.

Dali, eles seguiram seu caminho pelo rio. A dupla deveria ter chegado a Atalaia do Norte duas horas depois, mas desapareceu. Quem soou o alerta foram os indígenas da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja).

A Univaja disse que às 14h enviou uma equipe “formada por indígenas extremamente conhecedores da região”. Eles teriam percorrido inclusive os “furos” do rio Itaquaí, mas nenhuma pista foi encontrada.

??s 16h, “outra equipe de busca saiu de Tabatinga, em uma embarcação maior, retornando ao mesmo local, mas novamente nenhum vestígio foi localizado”.

Há relatos de que Bruno Pereira era alvo de pescadores ilegais, garimpeiros e madeireiros. Além disso, a Univaja também relatou ameaças a seus integrantes – tendo registrado boletim de ocorrência na polícia poucas semanas antes do desaparecimento do indigenista

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