O ex-ministro da Educação Milton Ribeiro deixou, na tarde desta quinta-feira (23/6), a sede da Polícia Federal (PF) em São Paulo, onde estava desde sua prisão, em Santos, na manhã de ontem. A prisão foi revogada pelo desembargador Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), junto com a de outros quatro presos na operação Acesso Pago, que investiga suspeita de corrupção no Ministério da Educação e Cultura (MEC).
A informação foi confirmada pelo Correio com o advogado de Ribeiro, Daniel Bialski. Segundo a defesa, o ex-ministro está “indo encontrar a família” após revogação da prisão.
Audiência suspensa
A decisão do desembargador Ney Bello foi tomada na manhã de hoje e enviada com urgência à 15ª Vara Federal de Brasília, que decretou as prisões. O magistrado argumenta, em sua decisão, que Milton Ribeiro não faz parte mais do governo atual e que os fatos investigados não são atuais, o que não justifica sua prisão.
“Por derradeiro, verifico que além de ora paciente não integrar mais os quadros da Administração Pública Federal, há ausência de contemporaneidade entre os fatos investigados ??? ‘liberação de verbas oficiais do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e do Ministério da Educação direcionadas ao atendimento de interesses privados’ ??? supostamente cometidos no começo deste ano, razão pela qual entendo ser despicienda a prisão cautelar combatida”, diz o documento.
Milton Ribeiro passou a noite na sede da PF na capital paulista, e tinha audiência de custódia marcada para esta tarde. Com a soltura, porém, a audiência foi suspensa.
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