A Polícia Civil do Rio de Janeiro informou neste sábado (9) que segue em busca do responsável pela fábrica de cigarros clandestina onde foram encontrados na última sexta-feira (8) 23 paraguaios trabalhando em regime análogo à escravidão. Os equipamentos e máquinas utilizadas na fábrica, que funcionava em Campos Elísios, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, foram encaminhados à Cidade da Polícia, sede das delegacias especializadas do Rio.
De acordo com a Polícia, a expectativa era que os estrangeiros retornassem ao Paraguai depois de sanados os trâmites legais. Só que a maioria dos trabalhadores estava há três meses no Rio e ainda não tinha recebido qualquer pagamento pelo serviço.
A Polícia Federal disse que vai abrir um inquérito, junto com o Ministério Público do Trabalho (MPT), para apurar a questão relativa ao uso de trabalho escravo dos estrangeiros.
A ação contra a fábrica clandestina foi desencadeada pelo Departamento Geral de Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro, em conjunto com a Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados e a Coordenadoria de Recursos Especiais (Core).
Sobre o regresso dos trabalhadores resgatados ao seu país, o consulado paraguaio no Rio ainda não se posicionou.

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