Deputado do PDT fala em ???fraude??? na votação da PEC das Bondades e bate boca com Lira

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A discussão e votação em segundo turno da PEC das Bondades na Câmara dos Deputados teve clima de tensão e bate boca nesta quarta-feira, 13. Isso porque parte dos parlamentares questionaram as instabilidades no sistema da Casa ocorridas na terça, e que levaram a suspensão da sessão pelo presidente Arthur Lira (PP-AL). Durante pronunciamento, o deputado Paulo Ramos (PDT) questionou ???a quem interessou??? as instabilidades no momento da votação, levando a suspeita de fraude. ???Com a decisão de vossa excelência [de suspender a sessão],  a pergunta é ???a quem interessou o suposto crime???, se é que não foi uma fraude???, questionou o parlamentar, em fala direcionada ao presidente da Câmara. Na sequência, Arthur Lira interrompeu os parlamentares para responder ao colega, ampliando o clima de tensão.

Ele iniciou afirmando que discutiu com a oposição e os líderes do governo a retomada da sessão deliberativa suspensa, chamou a Polícia Federal e o Ministério da Justiça para investigar as irregularidades, e pediu respeito à presidência. ???O senhor só não tem o direito de fazer essa imputação para dizer a quem interessa isso. Ontem, quando o lado de cá [governistas] quis imputar [a instabilidade] à oposição não aceitei. Deputado Paulo, o assunto é sério e será apurado, não faça essa ilação de novo???, pediu o presidente da Câmara, afirmando não saber a quem interessaria as inconsistências na votação. ???A minha discussão com a oposição era manter presencial, manter o painel respeitando os deputados que vieram para cá e se deslocaram porque houve interferência externa na Câmara dos Deputados???, concluiu, interrompendo o deputado de fazer novos questionamentos.

Antes de questionar a responsabilidade pela suposta fraude, Paulo Ramos questionou a decisão de Lira de retomar a sessão deliberativa um dia após a suspensão, o que fere o regimento interno. Em sua fala, ele também afirmou que o presidente da Câmara tem se comportado mais como ???líder do governo???, o que não é permitido. ???Tem controlado o quórum da Casa sempre com mãos de ferro, inclusive ameaçando o corte de pontos, ameaçando cortar salário de deputados.??? Como a Jovem Pan mostrou, Arthur Lira montou uma força-tarefa com a ajuda do Palácio do Planalto para viabilizar a aprovação da PEC das Bondades, o que incluía a previsão de corte de salários em caso de ausência dos parlamentares. A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) foi aprovada em primeiro turno com 394 votos favoráveis e 14 contrários, e segue em discussão no plenário.

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