Um jovem foi assassinado a tiros, por volta das 20h30 desse domingo (17/7), durante o encerramento do 48º Festival de Inverno, na praça do Areão, em Itabira.
Marcelo Marques Fonseca, de 18 anos, foi atingido por quatro disparos no rosto e no tórax. Ele foi socorrido pela equipe de brigadistas civis e levado às pressas para o Pronto-socorro Municipal de Itabira, ainda com vida, mas morreu no caminho. Não há, por enquanto, informações sobre os responsáveis pelo crime ou a motivação.
Em entrevista ao Portal DeFato, o sargento Campos, da Polícia Militar, explicou que a guarnição presente no local realizava o policiamento no entorno da festa quando escutou os estampidos e viu a correria. ???Então, fomos informados que um rapaz fora baleado, comparecemos ao local e ele estava no chão???, detalhou.
O sargento ainda conta que a Polícia Militar está dedicada a apurar os fatos, a autoria e o tipo de arma usada. Ainda durante a ocorrência, os militares fizeram o isolamento da área para a chegada da perícia da Polícia Civil para o trabalho de identificação da vítima e coleta de provas.
Momentos de pânico
O público se assustou com os tiros, o que provocou confusão e correria em uma evasão em massa do local. A maior parte das pessoas fugiu para o lado oposto aos disparos, onde estava o palco do evento. Isso causou empurra-empurra e um grande número de pessoas chegou a passar mal.
Muita gente perdeu documentos e objetos pessoais durante a fuga. Além disso, por se tratar de um evento que já acontecia desde o começo da tarde, muitas crianças acabaram se perdendo dos pais no tumulto.
A estudante de Relações Humanas, Maria Gabryelle, se diz traumatizada. Ela passava próximo a área do crime quando ele ocorreu. Segundo a jovem, sua única reação foi correr desesperadamente. ???Acabei me perdendo das minhas amigas, logo depois tive uma crise de ansiedade, foi impossível ficar tranquila. Até o momento não estou bem, meu psicológico está muito abalado, estou bem traumatizada, na verdade. Nunca imaginei passar por isso, por ter sido bem próximo. Meu principal temor, naquele momento, era ser atingida por uma bala perdida. Se eu fechar o olho, só consigo pensar nos tiros do meu lado e o pessoal correndo???, relembra.
A estudante de 23 anos afirma estar indignada com a Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade (FCCDA), organizadora do evento, pelo show ter sido realizado, apesar do crime. ???Acho uma falta de respeito e responsabilidade com a população o show ter continuado. Também uma falta de empatia com a família da vítima. Em um momento como esse, pessoas com o psicológico extremamente abalado, passando mal, e o show continuar? ?? uma vergonha, literalmente???, protesta Maria Gabryelli.

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