Procurador diz que mulheres têm ‘obrigação sexual’ e associa feminismo a transtorno mental

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A Corregedoria do Ministério Público Federal instaurou nesta quarta-feira, 20, um procedimento para apurar a conduta do procurador da República Anderson Gois dos Santos, que enviou, para a lista interna de e-mails do órgão, e-mail em classifica o feminismo como ‘transtorno mental’ e fala em um “débito conjugal” da mulher com relação ao marido.

A apuração, na esfera disciplinar, foi instaurada por ato de ofício da corregedora-geral do MPF, Célia Regina Souza Delgado, e em razão de representações encaminhadas à Corregedoria.

O caso ganhou repercussão nesta quarta-feira, 20, após ser revelado pelo jornal O Globo. Na mensagem que motivou a representação à Corregedoria do MPF Anderson Gois dos Santos escreveu que a mulher feminista “normalmente é uma menina que teve problemas com os pais no processo de criação e carrega muita mágoa no coração”.

Em outro trecho do e-mail, registrou: “Na maioria das vezes, a sua busca por empoderamento é na verdade uma tentativa de suprir profundos recalques e dissabores com o sexo masculino gerado pelas suas próprias escolhas de parceiros conjugais”.

O procurador também afirmou que tais mulheres “têm vergonha da condição feminina” e falou em “obrigação sexual” das mulheres para com seus parceiros, dizendo: “A esposa que não cumpre o débito conjugal deve ter uma boa explicação sob pena de dissolução da união e perda de todos os benefícios patrimoniais”.

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