Anestesista terá 15 dias para prestar informações sobre conduta

Publicado:

O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) emitiu solicitação de esclarecimento, nesta quarta-feira (13), destinada ao médico Giovanni Quintella Bezerra, preso em flagrante no último domingo (10) por estupro de vulnerável de uma paciente sedada, durante uma cesariana no Hospital da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense.

A medida faz parte de uma das etapas para o procedimento de sindicância, que é aberta em casos de denúncia. Com isso, o anestesista, que está com a prisão preventiva decretada pela Justiça, tem 15 dias para prestar as informações solicitadas. Atualmente, Giovanni Quintella Bezerra está impedido de exercer a medicina no país, devido à suspensão provisória aprovada pelo conselho, publicada na terça-feira.

Leia também:
O que explica os milhares de seguidores novos que anestesista ganhou após estupro

Segundo o órgão, a medida é um recurso para proteger a população e garantir a boa prática médica. Em paralelo, está sendo instaurado no Cremerj um processo ético profissional, cuja sanção máxima é a cassação definitiva do registro.

O presidente do Cremerj, Clóvis Munhoz disse que ???firmamos um compromisso com a sociedade de celeridade no que fosse possível e essa suspensão provisória é uma resposta. A situação é estarrecedora. Em mais de 40 anos de profissão, não vi nada parecido. E o nosso comprometimento não acaba aqui. Temos outras etapas pela frente e também vamos agir com a celeridade que o caso exige???, explicou Munhoz.

O anestesista está com a prisão preventiva decretada e está no presídio Bangu 8, destinado a presos que têm curso superior, à disposição da Justiça.

Na audiência de custódia, a juíza Rachel Assad indeferiu a liberdade provisória e converteu a prisão em flagrante em preventiva e chamou a atenção para a gravidade do ato praticado pelo médico.

???Tamanha era a ousadia e intenção do custodiado de satisfazer a lascívia, que praticava a conduta dentro de hospital, com a presença de toda a equipe médica, em meio a um procedimento cirúrgico. Portanto, sequer a presença de outros profissionais foi capaz de demover o preso da repugnante ação, que contou com a absoluta vulnerabilidade da vítima, condição sobre a qual o autor mantinha sob o seu exclusivo controle, já que ministrava sedativos em doses que assegurassem a absoluta incapacidade de resistir???, destacou a magistrada, na decisão.

Comentários Facebook

Compartilhe esse artigo:

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

TRT-BA elege nova Administração para o biênio 2025-2027

Nesta sexta-feira (5), o Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região (TRT-BA) elegeu sua nova Administração para o biênio 2025-2027. A posse está...

Baiana de Direito chega aos 20 anos e abre portas para nova geração no vestibular 2026.1

A Faculdade Baiana de Direito e Gestão comemora duas décadas de atuação e abre as inscrições para o vestibular 2026.1, que vão até...

Incêndios na Amazônia comprometem qualidade do ar em outros países

Os incêndios florestais na Amazônia, no Canadá e na Sibéria têm liberado uma “mistura tóxica” de poluentes que compromete a qualidade do ar...