Consumo de bebidas alcoólicas antes de dormir pode prejudicar o sono, diz instituto

Publicado:

Embora o álcool consiga trazer relaxamento e acelerar o adormecimento, o hábito de beber antes de dormir prejudica a qualidade do sono, alerta o biomédico e pesquisador do Instituto do Sono, Gabriel Natan Pires. As informações são da Agência Brasil.

 

“A curto prazo, o álcool altera a arquitetura do sono, fragmentando este sono, piora o ronco e a apneia, e ainda a própria sensação de ter bebido demais e a ressaca pioram o sono também”, afirmou Natan Pires.

 

O especialista explica as consequências a curto prazo que o hábito de tomar umas doses para dormir causam, como por exemplo, prejudicar o último estágio do ciclo do sono (dura cerca de 20 minutos cada e é nele que os sonhos acontecem) e ocasionar muitos despertares. Com isso, é comum acordar cansado na manhã seguinte. 

 

“O sono induzido por álcool não é natural, não serve como um sono reparador, não serve para descanso. Se a pessoa acorda com a sensação de que está mais cansado do que quando foi dormir é a prova de que o sono não foi adequado. O álcool nunca é adequado para induzir sono”, disse o pesquisador do Instituto do Sono.

 

Pires explica ainda sobre outra consequência a curto prazo: a apneia do sono. Para quem ronca, o álcool é muito muito pior, devido a apneia. 

 

“A apneia do sono é aquela doença em que a pessoa tem pausas recorrentes na respiração durante a noite. O álcool relaxa a musculatura da garganta. Então a pessoa que ronca quando está sob o efeito do álcool vai roncar mais, porque a musculatura da garganta vai ficar mais flácida”, explicou Natan Pires.

 

“A depender da quantidade de álcool que a pessoa toma, a ressaca vai piorar o sono, já que, com ressaca e dor de cabeça ninguém consegue dormir direito, ainda tem que levantar no meio da noite para urinar várias vezes. Então tem os efeitos do álcool agindo sobre o metabolismo do corpo, afetando o sono”, continuou

 

Na visão do biomédico, a pessoa que não consegue dormir sem tomar álcool vive uma espécie de condicionamento. De acordo com o grau de dependência, pode ter uma síndrome de abstinência, caso decida interromper esta rotina. Nesse sentido, é necessário ajuda médica e psicológica para se livrar deste hábito.

 

“O uso de álcool é uma dependência química. Então, é sempre muito melhor que a gente aposte na prevenção”, finalizou.

Comentários Facebook

Compartilhe esse artigo:

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Sarampo: governo intensifica vacinação no Tocantins e Maranhão

Com a confirmação de 11 casos de sarampo em Campos Lindos (TO) na última semana, o governo intensificou as ações de vacinação no estado. Cidades maranhenses como Balsas e Imperatriz também receberão equipes de saúde para reforçar a imunização da população e conter a propagação da doença

Piso da enfermagem: estados e municípios partilham mais de R$ 808 milhões, em julho

No geral, o maior valor foi destinado a Minas Gerais, que conta, no total, com mais de R$ 116 milhões

Credenciamento no Farmácia Popular encerra nesta quinta-feira (31)

A renovação é gratuita e obrigatória para que farmácias continuem oferecendo medicamentos subsidiados à população