Deputado petista vai presidir o diretório mineiro da federação PT-PCdoB-PV

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O diretório mineiro da federação partidária formada por PT, PCdoB e PV será presidido pelo deputado estadual petista Cristiano Silveira. A escolha dele para o cargo foi oficializada nesta terça-feira (12/7), dia do registro formal da coalizão junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) sediado em Belo Horizonte. Cristiano vai acumular a presidência estadual da federação, denominada “Brasil da Esperança”, com o comando do PT em Minas Gerais.

Os vice-presidentes da coalizão, ainda sob a direção de uma comissão provisória, serão Wadson Ribeiro, do PCdoB, e Osvander Valadão, do PV. A dupla é responsável por dirigir seus respectivos partidos em Minas. A união de dois ou mais partidos, autorizada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no fim do ano passado, obriga os componentes de uma frente a apoiar os mesmos candidatos.

Em Minas, petistas, verdes e comunistas trabalham na montagem de uma chapa única de candidatos à Assembleia Legislativa e à Câmara Federal. Para o governo, a federação caminhará com Alexandre Kalil (PSD). O também pessedista Alexandre Silveira terá o apoio do grupo na disputa pelo Senado Federal.

Segundo Cristiano Silveira, embora o PSD não faça parte formalmente do grupo, PT, PCdoB e PV estão alinhados com a sigla de Kalil.

“Vamos trabalhar para dar a Lula uma grande votação no estado – para que ele possa sair vitorioso no estado”, disse o presidente.

Por ter maior representação legislativa, o PT ficou com a maioria dos assentos do comitê responsável por dirigir a aliança no estado. O primeiro ato público da liga PT-PCdoB-PV no estado será no próximo dia 24, na Assembleia Legislativa, durante a convenção que oficializará as candidaturas das três legendas.

Antes mesmo da formação oficial do grupo, os petistas mineiros já vinham mantendo tratativas para se unir a PCdoB e PV. O relacionamento entre as legendas, além de ser historicamente positivo, ganhou força no ano passado, quando passaram a articular atos de rua contra o presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Haverá um rodízio na presidência da federação nos próximos anos. Aqui, temos conseguido construir de forma consensuada as direções da federação. Cada partido leva o debate sobre as propostas e estratégias a seu interior. O acúmulo que fazemos em nossas bases partidárias, a gente traz para o entendimento da federação”, explicou Cristiano.

O mandato da cúpula será de um ano. Embora Cristiano fale em rodízio,  passado o período, há a possibilidade de recondução dele à presidência.

Partidos querem fortalecer bancadas

Como mostrou o Estado de Minas na semana passada, os três partidos já trabalham na montagem de suas chapas conjuntas. Para construir a lista de candidatos a deputado federal, o PT cedeu espaço ao PV. Movimento inverso foi feito na escolha dos postulantes ao Parlamento Estadual, onde PV e PCdoB deram espaço aos petistas.

Wadson Ribeiro, o 1° vice-presidente, estima que, no plano nacional, a associação pode render cerca de 100 assentos no Congresso Nacional.

“Essa federação consegue congregar partidos com muitos pontos em comum – sobretudo, na necessidade urgente de reconstrução. Temos um país com severa crise econômica e crise social sem precedentes. E, também, uma crise política ilustrada pelo episódio lamentável do fim de semana: o assassinato de um dirigente do Partido dos Trabalhadores”.

 

Segundo a regra que rege as federações, uma união do tipo, depois de consolidada, precisará ser mantida por, no mínimo, quatro anos. Portanto, PT, PCdoB e PV terão de andar lado a lado, sem cisões formais, na eleição municipal de 2022.

“O que nos une é bem mais do que uma contabilidade política de coligação. ?? a construção de uma federação onde nossa maior afinidade, que está no campo programático, exige nossa união”, pontuou Osvander Valadão, 2° vice-presidente.

O grupo mira ser da base aliada a Kalil caso ele consiga derrotar Romeu Zema (Novo) no pleito pelo Palácio Tiradentes.

“A ideia da federação, nas duas esferas, vem corroborar com o pensamento de garantir bancadas expressivas, grandes, para se ter governabilidade e acabar com as moedas de troca que sempre vemos nos Parlamentos nos estados e na federação”, projetou Valadão.

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