Protagonista no impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e aliada de primeira hora do presidente Jair Bolsonaro – de quem chegou a ser cotada para vice em 2018 -, a deputada estadual paulista Janaína Paschoal (PRTB) usou as redes sociais para criticar a estratégia do aliado nas eleições de 2022 ao abrir mão de candidaturas competitivas à Câmara dos Deputados. Na série de tuítes, a pré-candidata ao Senado por São Paulo vaticinou que nomes como João Roma, na Bahia, e Major Vitor Hugo, em Goiás, não serão eleitos governadores e ainda deixarão de ser defensores de Bolsonaro no Congresso.
“Major Vitor Hugo não tem chance de ganhar o governo de Goiás, João Roma não tem chance de ganhar a governo da Bahia… Por que queimar dois Deputados? Não estou torcendo contra, como alguns sugerem, estou pedindo pelo amor de Deus para acordarem”, defendeu Janaína, colocada de escanteio pelo bolsonarismo em São Paulo, que optou pela candidatura ao Senado do ex-ministro de Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes (PL), na chapa do também ex-ministro Tarcísio de Freitas.
A parlamentar tem feito reiteradas críticas ao modelo de campanha proposto pelo entorno de Bolsonaro, num esforço para recriar o antipetismo que a elevou a condição de deputada estadual mais votada de São Paulo em 2018. “O Presidente ajudaria muito o País se não queimasse quadros com potencial de se elegerem a Câmara, em eleições impossíveis. Além de perder os quadros, destrói pontes com pessoas que o apoiaram em 2018. Ele prejudica a própria eleição e perde a oportunidade de montar a resistência”, sugeriu a parlamentar.
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