Eleição da associação dos conselheiros tutelares vira caso de polícia

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A eleição da nova diretoria da Associação de Conselheiros Tutelares do DF (ACT-DF) gerou controvérsia entre membros da categoria e foi motivo até de boletim de ocorrência registrado na Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). Enquanto que o novo presidente, Gustavo Henrique, defende a legalidade do processo, o antigo, Néliton Portuguez, afirma que houve um golpe.

Os problemas, e nisso ambos os lados concordam, começaram há mais de 7 anos, quando as diretorias da época deixaram de registrar em cartório que haviam vencido as eleições. Esse fato fez com que a associação fosse considerada inativa.

Neste ano, diante da necessidade de regularização, tanto o grupo comandado por Néliton quanto aquele favorável a Gustavo, decidiram tomar uma atitude para dar novamente à ACT um caráter formal.

Uma vez que não havia registro algum em cartório desde 2014, a última presidente da época, Selma Aparecida da Costa, convocou uma assembleia para o dia 7 de junho onde seria definida uma comissão eleitoral para eleições a serem realizadas em 7 de julho.

Ocorre que, na semana seguinte, o atual presidente Néliton, apesar de não registrado, decidiu fazer exatamente a mesma coisa. Constituiu uma comissão provisória para organizar eleições a serem realizadas em até 180 dias. O ato foi publicado no Diário Oficial (DODF) em 24 de junho.

Em 1º de julho, novamente no DODF, foram publicadas as diretrizes que balizariam uma eleição a ser realizada em 18 de novembro.

Seguindo o próprio calendário, Selma realizou no último dia 7 a assembleia não reconhecida por parte dos conselheiros e elegeu, por aclamação, a chapa de Gustavo Henrique.

Com a ata da assembleia, o novo presidente da associação foi ao cartório e conseguiu se registrar dissolvendo, inclusive, a comissão criada por Néliton.

Questionamentos e registro de BO Ao saber da nova diretoria, o advogado de Néliton, Anderson de Almeida Freitas, orientou que fosse registrado um boletim de ocorrência alegando fraude de documentos, o que foi feito no dia 14 de julho.

No entendimento de Anderson, apenas a comissão provisória que havia sido divulgada no DODF teria autorização para ir no cartório. Outro problema apontado é que o edital de chamamento para a assembleia não constava o local de realização, nem o número mínimo de assinaturas para a convocação. ???Quem requereu a dissolução da comissão eleitoral não foi ninguém que fazia parte dela. ?? irregular???, comenta.

Gustavo Henrique, no entanto, afirma que o que há é a tentativa de construção de uma narrativa visando convencer parte da categoria a questionar o que chama de ???um processo legal, seguindo tudo que foi exigido pelo cartório e legislação vigente???.

Completou destacando que exemplo da falta de apoio ao ex-presidente Néliton foi a cerimônia de posse da nova diretoria, que ocorreu nessa quinta-feira (21/07) em que compareceram conselheiros e demais atores do sistema de garantia de direitos da criança e do adolescente. ???A ACT-DF não recebeu nenhuma intimação da Justiça sobre o assunto e caso receba, a Associação está apta a esclarecer qualquer ponto levantado???.

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