O presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus filhos com cargos públicos, como o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e também Eduardo Bolsonaro (PL-SP), fizeram pelo menos um ataque a veículos da mídia por dia, de janeiro de 2021 até maio de 2022.
O levantamento feito pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) examinou 14.918 tweets e retweets feitos pela família a fim de desvendar padrões em suas ofensivas contra a liberdade de imprensa no Brasil.
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Ataques, críticas e tentativas de descredibilização foram encontrados em 73% dos tweets em que os integrantes da família Bolsonaro mencionaram jornais, jornalistas ou a imprensa de modo geral.
Carlos Bolsonaro foi o integrante que mais atacou, somando 351 publicações, respostas e compartilhamentos hostis ??? 86,9% das vezes que comentou sobre a mídia e seus profissionais dentro do recorte temporal analisado.
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Em seguida, está Eduardo, com 340 ataques (66,6% de seus tweets sobre imprensa) e Flávio, com 76 (62,8%). Já o chefe do executivo nacional adotou uma postura antagônica em relação à imprensa, meios de comunicação e comunicadores em 54,8% (34) de suas postagens e repostagens sobre o assunto.
Ataques em rede
Vale ressaltar ainda que os ataques à imprensa feitos pela família Bolsonaro estão conectados a contas que são frequentemente respondidas e retweetadas.
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Essa rede é, sobretudo, formada por figuras conhecidas no cenário político nacional, ocupantes de cargos públicos e eletivos, e influenciadores com milhares de seguidores no Twitter.
São eles, por exemplo: o ex-secretário especial de Cultura do governo, Mario Frias (@mfriasoficial), o chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, General Heleno (@gen_heleno), o ex-secretário nacional de Incentivo e Fomento à Cultura, André Porciuncula (@andreporci), o comentarista político Rodrigo Constantino (@RConstantino) e o pastor Marco Feliciano (@marcofeliciano).
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