Festa literária da Praia do Forte será no histórico Castelo Garcia D’Ávila

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A Festa Literária Internacional da Praia do Forte – Flipf (pronuncia-se Fli-pê-éfe) teve início em 2019 e nasceu com planos de ser realizada anualmente. Mas, por causa da pandemia, a segunda edição aconteceu online, no ano passado. Agora, a festa volta a ser presencial e em um cenário repleto de história: o entorno da Casa da Torre do Castelo de Garcia D’Ávila.

De 4 a 7 de agosto, vão passar por ali autores brasileiros e internacionais em mesas de discussão sobre literatura. A curadoria do espaço é da baiana Josélia Aguiar, que por dois anos foi curadora da Flip – Festa Literária Internacional de Paraty, o pioneiro e maior evento nacional do gênero. Josélia é também autora de Jorge Amado – uma Biografia, sobre a vida do escritor baiano.

???A programação buscou oferecer temas de interesse para um público bastante misto. Mesmo quem não é leitor assíduo poderá encontrar um autor ou mesa que desperte sua atenção e gosto???, diz a curadora.

???Também buscamos reunir autores e autoras de gerações distintas, mesmo dentro de uma mesma mesa, somando visão histórica e olhar contemporâneo???.

Uma demonstração desta diversidade de gerações que estará presente no evento já na primeira mesa, quando estarão juntos dois baianos revelados em momentos bem distintos: Antônio Torres, de 81 anos, e Itamar Vieira Júnior, de 43. Torres é membro da Academia Brasileira de Letras desde 2015 e lançou seu primeiro romance, Um Cão Uivando Para a Lua, há 50 anos. Já Itamar estreou em romances há apenas três anos, com o premiadíssimo Torto Arado.

 No total, serão 10 mesas com um total de 24 autores, sendo dois internacionais ??? a argentina Ariana Harwicz, pela primeira vez no Brasil, e o angolano Ondjaki. Os dois estão divulgando livros novos. A argentina participa de um encontro com Socorro Acioli e Franklin Carvalho. Ondjaki vai conversar com Alex Simões e Maria Dolores Rodriguez.

Arte Moderna
Com inspiração no centenário da Semana de Arte Moderna de 1922, a Flipf vai falar da Bahia moderna, sobretudo a forjada nas décadas de 1950 e 1960.

“Vamos partir do centenário da Semana de Arte para mostrar como a Bahia moderna se estrutura. Mas, como não queríamos nos estender para uma discussão acadêmica, trouxemos um grande nome da dança, que é Lia Robatto”, justifica Josélia.

Hoje aos 82 anos, Lia vem representando sua geração, que testemunhou e ajudou a construir a cultura da Bahia nos anos 1950 e 1960. Também estarão na mesa Francesco Perrota-Bosch, arquiteto que biografou Lina Bo Bardi, e a colunista do CORREIO Kátia Borges, que estudou a geração literária da Bahia dos anos 1950 e 1960.

De olho na relação entre o audiovisual e a palavra, a Flipf vai trazer Aldri Anunciação e Raphael Montes. Aldri, baiano, vai falar sobre a experiência de levar para o cinema seu texto Namíbia, Não!, criado originalmente para o teatro. Raphael Montes é autor de livros policiais e de suspense, que passou a também escrever séries como Bom dia, Verônica, da Netflix, e dedica-se agora à primeira novela da HBO Max, Segundas Intenções.

Mas a programação não será restrita a debates em torno da literatura: em breve, serão divulgadas as programações de um espaço dedicado a crianças e um outro voltado para o público juvenil. Atrações musicais também vão marcar presença.

Dia 04/08
Mesa 1 / Essa Terra
Antônio Torres e Itamar Vieira Junior
Leituras: Rita Santana

Dia 05/08
Mesa 2 / Bahia Moderna Bahia
Lia Robatto, Kátia Borges, Francesco Perrota-Bosch
Criação e pesquisa, da vanguarda ao popular 10h

Mesa 3 /Lute como uma garota
Giovana Madalosso, Roberta Estrela D`Alva, Milena Britto
Ativismo, criação artística, literatura escrita por mulheres e intervenção cultural são
os principais eixos dessa conversa,13h30

Mesa 4/ Do amor e outros demônios
Ariana Harwicz, Socorro Acioli, Franklin Carvalho
O que inspira, como se cria. 16h

Dia 06/08
Mesa 5 ??? Eu vi o mundo
Aldri Anunciação, Raphael Montes
Literatura e sociedade, o texto que chega às telas e aos palcos 10h

Mesa 6 / Outras palavras
Alex Simões, Maria Dolores Rodriguez e Ondjaki
A experimentação em suportes artísticos distintos, a combinação de palavra, corpo e imagem 13h30

Mesa 7 / Vida que segue
Christian Dunker, 16h

Dia 07/08

Mesa 8 / Entre o céu e a terra
Naine Terena, Denizia Kawany Fulkaxó, Ró de Nuca
Arte, cultura, natureza e saberes locais 10h

Mesa 9 /Bahia póstudo
Ayrson Heraclito, Capinan, Everlane Moraes
Estética e política, os desafios da cena contemporânea, 13h30

Mesa 10 / Meu livro de bolso
Convidados dessa terceira edição voltam ao palco para falar de suas leituras de cabeceira, 16h

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