Representantes do Sindicato dos Servidores da Prefeitura do Salvador (Sindseps) foram recebidos por Geraldo Júnior (MDB), presidente da Câmara de Vereadores, nesta terça-feira (12), e demonstraram insatisfação com as propostas da Prefeitura. Na ocasião, Geraldo Junior afirmou não vai votar o projeto de reajuste dos servidores e mudança de nível dos trabalhadores com remendos ou itens paliativos, que de acordo com ele, é costume do executivo municipal.
“Estamos aguardando o Projeto Substitutivo, que será submetido aos servidores e após a liberação iremos ultimar a votação”, falou Geraldo Júnior.
Na reunião, os servidores questionaram itens do texto do acordo da Campanha Salarial 2022, como: o início do pagamento dos avanços de níveis salariais e o pagamento da gratificação pela avaliação de desempenho não estão claros na Mensagem enviada pelo Executivo, segundo os dirigentes sindicais. Além disso, alegam que os recursos a serem disponibilizados para o programa de Bolsa Escola devem ser de 1% da folha de pagamento e não de até 1%, já que atualmente é de 0,8% da folha geral. “Reivindicamos que a Prefeitura envie um Projeto Substitutivo”, solicitou Bruno Carianha, coordenador do Sindseps.
Os agentes de Saúde e de Combate às Endemias foram representados no encontro pelo UNICIDADE, que alegou que a proposta não agradou os agentes.
Para Geraldo Júnior, a proposta apresentada pelo Executivo Municipal após diversas negociações foi uma “vergonha”. Foi estabelecido o piso da PEC 120/22 nos vencimentos básicos (dois salários mínimos), mas foram retirados, segundo os servidores, algumas gratificações.
“Estamos também aguardando o envio desta matéria contemplando as reivindicações da categoria dos Agentes de Saúde e Combates às Endemias, que estamos defendendo desde o início. Defendemos os direitos justos e necessários dos servidores municipais”, disse Geraldo Júnior.
Mesmo com a Câmara em recesso parlamentar, Geraldo Junior disse que assim que o executivo enviar um projeto substitutivo, pode convocar uma sessão extraordinária.
“Poderemos convocar a Câmara extraordinariamente a qualquer tempo, desde que a Prefeitura atenda todos os pontos negociados com os servidores. Estamos ansiosos para ultimar as votações das matérias que envolvem as tratativas com os sindicatos representativos das categorias desses trabalhadores públicos. Não teremos receio algum em devolver esse projeto ao executivo caso não seja enviado o substitutivo ou a matéria esteja remendada, o que obviamente não iremos aceitar”, finalizou Geraldo.
A reunião também contou com as entidades sindicais e associações Sindacs, Sindseps, Aaces, Adamacen e Aaasa-Ba.
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