Inflação desacelera e fecha mês encerrado no dia 10 em 0,6%, calcula FGV

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O Índice Geral de Preços-10 (IGP-10), calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV/Ibre), aumentou 0,60% em julho, divulgou a instituição nesta segunda, 18. Com esse resultado, o índice que visa medir a inflação acumula alta de 9,18% no ano e de 10,87% em 12 meses. Em julho de 2021, o índice subira 0,18% no mês e acumulava elevação de 34,61% em 12 meses. A inflação oficial no Brasil é medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), órgão do governo.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10), responsável por 30% do índice, avançou 0,42%, uma desaceleração em relação aos 0,72% de junho. Segundo o Ibre, sete das oito classes de despesa que compõem o índice caíram. De junho para julho os Transportes saíram de 0,45% para queda de 0,41%, Educação, Leitura e Recreação de 3,15% para 1,52%, Saúde e Cuidados Pessoais de 0,84% para 0,24%, Vestuário de 1,83% para 0,80%, Comunicação de recuo de 0,25% para queda de 0,79%, Despesas Diversas de 0,66% para 0,22% e Habitação de 0,13% para 0,07%. O único a apresentar elevação foi o grupo Alimentação (0,42% para 1,48%).

Já o Índice Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação de preços do atacado e é responsável por 60% do IGP-10, subiu 0,57%, mais do que os 0,47% de junho. E o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), que responde pelos 10% restantes, marcou avanço de 1,26% em julho, antes os 3,29% do mês anterior. ???A inflação ao produtor avançou sob influência dos preços dos alimentos e dos combustíveis. Entre os alimentos, o leite industrializado foi o destaque registrando alta de 16,30%. Já entre os combustíveis, o destaque foi do diesel com alta de 10,91%. A aceleração do IPA não foi mais intensa dada a queda dos preços de commodities importantes. Minério de ferro (de -2,86% para -5,93%), milho (de -0,31 para -3,31%) e algodão (de 6,32% para -9,15%) registraram recuos em suas cotações diante do risco de recessão global. Já no IPC, gasolina (-1,49%) e energia (-1,45%) refletem parcialmente a redução do ICMS em seus números, o que favoreceu a desaceleração observada na taxa de variação do IPC???, afirma André Braz, coordenador dos Índices de Preços, em comentário no relatório.

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