PGR pede prisão domiciliar de homem que falou em caçar Lula e STF

Publicado:

A vice-procuradora-geral da República Lindôra Araújo defendeu neste domingo, 31, ao Supremo Tribunal Federal que seja colocado em prisão domiciliar o homem detido no último dia 22 por publicar vídeos em que ameaça ‘invadir’ e ‘destituir’ a corte máxima, ‘pendurar os ministros de cabeça para baixo’ e caçar políticos de esquerda, entre eles o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva. A Polícia Federal havia requerido a prisão preventiva (sem data para acabar) de Ivan Rejane Fonte Boa Pinto, autointitulado ‘Terapeuta Papo Reto’ .

A avaliação de Lindôra, braço-direito do procurador-geral da República Augusto Aras é a de que, ‘não obstante a gravidade das condutas perpetradas’ por Ivan Rejane, ‘medidas cautelares diversas da prisão preventiva são suficientes para impedir a reiteração delitiva e assegurar a eficácia da investigação’.

Além da prisão domiciliar, com monitoramento eletrônico, a vice-PGR pede que sejam determinados: o bloqueio de canais digitais e de grupos no Instagram e Whatsapp

administrados pelo perfil do investigado; a proibição de uso das redes sociais e de quaisquer canais digitais; a vedação de concessão de entrevistas; a proibição de criação de listas de transmissão por aplicativos; e a proibição de proferir discursos de ódio e de grave ameaça a Ministros do STF e a agentes políticos, por qualquer meio, especialmente via rede social, plataforma ou aplicativo.

A Polícia Federal havia solicitado a prisão preventiva de Ivan Rejane sob o argumento de que o ‘método’ usado pelo investigado ‘tem a capacidade concreta de atrair a adesão de outras pessoas para sua empreitada delitiva e risco de ocorrência de prática de ações violentas em período pré-eleitoral, além da potencialidade de prosseguimento na prática delitiva’.

A corporação argumentou ao ministro Alexandre de Moraes, relator da investigação, que a análise dos materiais apreendidos durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão contra o ‘Terapeuta Papo Reto’ identificou que ele ‘participa de grupos nos aplicativos Instagram e Whatsapp, por meio de listas de transmissão, interagindo com apoiadores por mensagens’.

Segundo os investigadores, as interações se dão com a ‘intenção de potencializar o compartilhamento dos vídeos, imagens e textos produzidos, na maioria das vezes, com conteúdo criminoso, proferindo ofensas, intimidações, ameaças e imputando fatos criminosos a ministros do STF e integrantes de partidos políticos à esquerda do espectro ideológico’.

Comentários Facebook

Compartilhe esse artigo:

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

TRT-BA condena clínica de emagrecimento ao pagamento de danos morais por assédio moral: “era chamada de gorda”

O Tribunal Regional do Trabalho da Bahia (TRT-BA) recententemente deu um importante passo ao condenar a Clínica de Emagrecimento Lúcia Cruz Ltda a...

CNJ determina apuração de possível fraude registral em caso de grilagem de terras na Bahia

Uma nova investigação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) pode trazer à tona uma trama de grilagem de terras na Bahia, especialmente em...

“Covardia”, afirma Bolsonaro sobre proibição de falar com Eduardo

Em uma declaração impactante, o ex-presidente Jair Bolsonaro expressou seu descontentamento em relação à proibição de contato com seu filho, Eduardo Bolsonaro. Ele...