No PSD, a meta é multiplicar por dois o número atual de assentos ??? quatro. A federação formada por PT, PCdoB e PV também mira o crescimento das agremiações e, para atingir o objetivo, se ampara justamente na formação de uma coalizão.
Reginaldo (2º) Guedes (4º), Correia (9º) e Padre João (10º), inclusive, estão entre os 10 mais votados em Minas em 2018. Há outras possibilidades, como os parlamentares Odair Cunha e Leonardo Monteiro, além do ex-governador Fernando Pimentel, convocado pelo pré-candidato do partido à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, para retornar à vida pública.
Para federal, o PT cedeu espaço para o PV. Para estadual, PV e PCdoB abrem espaço para o PT. Uma construção coletiva que vai permitir eleger bom número (de parlamentares)???, avalia o presidente do PT-MG, o deputado estadual, Cristiano Silveira.
???Muito otimista???
???Acho que temos a oportunidade de dobrar a nossa bancada de deputados federais em Minas???, afirma. A ideia é ter diversas candidaturas competitivas do PSD. ???Estamos oferecendo ao povo mineiro alternativas das mais diversas áreas e regiões. Homens e mulheres, comprometidos com a melhoria da gestão pública e da qualidade de vida???, considera.
A tendência, no entanto, é que a alta deles não seja na mesma proporção do aumento previsto para o resultado do ex-governador. Duda Salabert, vereadora mais votada da história de BH, tende a disputar vaga de deputada federal pelo PDT. Caso concorra, será uma das líderes da chapa, ao lado do parlamentar Mário Heringer. As expectativas pedetistas são de conseguir cinco cadeiras.
PL quer as duas primeiras vagas
No PL, haverá a participação do bolsonarista Nikolas Ferreira, vice-líder em votos na capital há dois anos. O partido tem sete deputados federais – entre eles Lincoln Portela (vice-presidente da Câmara), Domingos Sávio (ex-tucano), e Junio Amaral, outro aliado do presidente Jair Bolsonaro. A projeção para este ano é chegar a oito ou nove vagas.
“Acredito que teremos o primeiro e o segundo mais votados de Minas”, diz o ex-deputado José Santana, presidente estadual da sigla. Ele acredita, inclusive, no bom desempenho da ala feminina dos liberais. “São mulheres que estão participando ativamente da política. Teremos uma chapa completa, com sobras”, explica.
O deputado estadual Bruno Engler, que terminou em segundo na disputa pela Prefeitura de BH em 2020, ensaiou concorrer à Câmara, mas decidiu tentar novo mandato na Assembleia Legislativa. Um dos objetivos dele, de acordo com aliados, é se cacifar para a próxima eleição municipal, em 2024.
Novo aposta em outra tática
Diferentemente das legendas que buscam os tradicionais puxadores, o Novo trabalha para ter boas médias de votação e, assim, conseguir quatro vagas na bancada mineira – hoje, são duas. Tiago Mitraud, um dos deputados do partido, abriu mão da reeleição para ser o vice-candidato na chapa presidencial do colega Felipe d’Avila. Lucas Gonzalez, o outro integrante do diretório mineiro do Novo em Brasília, quer novo mandato. Na disputa, ele terá a companhia do deputado estadual Guilherme da Cunha e do ex-vereador de BH Bernardo Ramos.
“Outras chapas, normalmente, pegam um ou dois cabeças e enchem de gente para fazer número e eleger esses dois cabeças. Temos média de voto bem mais alta que outros partidos – e mais bem distribuídos – porque a gente tem um grupo muito maior de candidatos competitivos”, ressalta Mitraud.
O voto de legenda, impulsionado pelo governo de Romeu Zema, também é uma das armas. Em 2018, segundo Mitraud, o partido se beneficiou disso por causa do crescimento de Zema na última semana antes do primeiro turno. “Acho que a gente consegue chegar à casa de 800 mil a 1 milhão de votos em Minas”, acredita.
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