‘Quanto mais Anittas do lado de cá, melhor’, comemora Dira Paes

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RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – A premiação mais importante do sétima arte nacional completa 50 anos e depois de dois anos on-line por conta da pandemia, o Festival de Cinema de Gramado volta ser presencial entre os dias 12 e 20 de agosto, na serra gaúcha. Na noite de apresentação do evento, no Rio, nesta terça-feira (12) teve reencontros e um certo clima político entre os convidados. Nova integrante do time de curadores da competição, Dira Paes comemorou o apoio de Anitta, 29, ao pré-candidato do PT (Partidos dos Trabalhadores), Lula nas próximas eleições gerais 2022.

“Maravilhoso e quanto mais Anitta, melhor. Quanto mais Anittas do lado de cá, melhor, por que ela consegue falar com o Brasil inteiro e isso é um fenômeno que merece todos os nossos aplausos”, explica.

Dira, 53, ainda usou a palavra resistência para definir mais uma edição do evento, que teve mais de 1 mil títulos inscritos e escolheu 55 produções para serem exibidas, sendo uma boa parte relatando problemas sociais. “Esse festival é um exemplo de resistência, persistência e construção de ideias para se falar de cultura, que é um bem essencial para a sobrevivência humana”, destaca Dira que voltar a falar do atual momento político.

“No Brasil existe sempre a ideia de urgência e agora essa palavra ganhou a sua propriedade total. ?? um momento urgente, imediato. A gente está a ponto de tomar decisões muitos sérias para o futuro deste país e é preciso pensar urgente em todos e não mais individualmente”.

Eleito como o ator homenageado com o troféu Oscarito deste ano [ ele já recebeu duas vezes o Kikito de Ouro como Melhor Ator Coadjuvante por “Dedé Mamata”, de 1988, e Melhor Ator por “Barrela: Escola de Crimes”, de 1990] Marcos Palmeira, 58, classificou o Festival de Gramado como mais uma bandeira sendo fincada para provar que a cultura resiste. “Não existe país sem cultura e não existe cidadania sem cultura.

Protagonista de ‘Pantanal’, o ator assumiu que considera o atual momento político como um dos piores para a classe artística. “Estamos vivendo um momento muito difícil com a criminalização da cultura e com os artistas sendo marginalizados. ?? estranho e muito triste”, admite Palmeira que rechaçou o pensamento de que os artistas não se posicionavam no passado.

“Os artistas sempre se posicionaram, mas, agora existe uma cobrança maior. Eu sou a favor [de se tornar público o posicionamento] e acho importante se manifestar por que um ser político é uma característica de todos nós. A questão é que política você faz. A minha política é a das pontes e não é a política dos muros”, observa o ator.

Tarcísio Filho também ressaltou a importância do Festival de Gramado para a classe artística e prevê uma edição de muitas conversas e discussões sobre política. “Os 50 anos de um festival tem que ser comemorado e, graças a Deus, tudo, presencialmente. Esse evento é a prova que a cultura brasileira é de. é resistência e isso não é de agora. Não nos calaram no passado e não vão nos calar. Uma coisa é certa: essas pessoas sempre passaram e vão continuar passando”, finaliza Tarcisinho.

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