Cardiomiopatia hipertrófica é uma das principais causas de morte de atletas jovens

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“Trata-se de uma doença de base genética, inclusive com risco familiar para parentes próximos. Em alguns casos, a única forma de reduzir o risco de morte é implantar um dispositivo tipo marca-passo desfibrilador no coração”, define o médico cardiologista Fábio Vilas Boas sobre a cardiomiopatia hipertrófica, doença que vitimou nesta segunda-feira (1) o empresário João Paulo Diniz (veja aqui).

 

Caracterizada pela hipertrofia do músculo cardíaco, a condição pode acometer qualquer área do órgão, mas o mais comum é afetar a região do septo, a parte que divide as cavidades do coração. O problema afeta 1 a cada 500 pessoas e é uma das principais causas de morte súbita em atletas jovens.

 

Segundo o Hospital Israelita Albert Einstein, o processo de hipertrofia pode ser um processo normal, mas quando derivado de estímulos, por exemplo. A situação é comum a pessoas com hipertensão não controlada.

 

Dentre os sintomas mais comuns estão falta de ar, desmaios e dor no peito, principalmente após esforços físicos. Ao sentir algum desses sinais, o indivíduo deve procurar ajuda médica, pois a a cardiomiopatia hipertrófica pode causar arritmia e levar à morte súbita.

 

De acordo com o Vilas Boas, o diagnóstico pode ser feito com uma avaliação clínica e exames simples como eletrocardiograma e ecocardiograma. “Outros exames, como a ressonância magnética, ajudam a refinar o diagnóstico e estimar o risco”, explicou o especialista nas redes sociais.

 

Por ter uma associação com fatores genéticos, não há como prevenir a cardiomiopatia hipertrófica, mas exames de check-up podem ajudar no diagnóstico precoce. Procedimentos cirúrgicos podem ser alternativas de tratamento.

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