Câmara derruba veto e mantém piso salarial de agentes comunitários em Salvador

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Em uma sessão marcada por polêmicas, o presidente da Câmara de Vereadores, Geraldo Jr. (MDB), anunciou a derrubada do veto do prefeito Bruno Reis ao pagamento do piso salarial dos agentes comunitários de saúde e de endemias do município de Salvador. Segundo o gestor, foram obtidos os 22 votos necessários para derrubada do veto.

 

A decisão, aprovada no Plenário Cosme de Farias, garante à categoria o recebimento de dois salários mínimos e gratificações. Segundo o prefeito, o impacto da decisão da Câmara de aprovar o pagamento do piso salarial geraria uma despesa de R$ 320 milhões por ano (entenda aqui).

 

Geraldo Jr. informou, durante a sessão, que contabilizaria a presença dos vereadores que estivessem na Casa, mesmo que não tivessem registrado presença. A votação foi expressa e representantes governistas protestaram. O líder do governo, Paulo Magalhães Jr. (União) tentou evitar a apreciação do veto, porém o presidente não deu espaço.

 

As comissões de Orçamento e de Constituição e Justiça tiveram os pareceres a favor da derrubada do veto votados – e aprovados – em plenário. Votaram contra a matéria os vereadores Sidninho, Alberto Braga, Isabela Sousa, Paulo Magalhães, Roberta Caíres e Luiz Carlos.

 

Paulo Magalhães Jr. acusou não haver lastro jurídico para o rito adotado pela Câmara para apreciação da matéria. Ao final da votação, Magalhães Jr. se insurgiu contra a condução da sessão e foi contido por vereadores. Apressadamente, Geraldo Jr., então, encerrou a sessão.

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