Relator dos textos que deram origem ao Auxílio Emergencial e ao Auxílio Brasil, o deputado federal Marcelo Aro (PP-MG) é defensor da manutenção de pagamentos mensais de R$ 600 a pessoas em situação de vulnerabilidade. Em entrevista ao Estado de Minas, Aro, que é candidato ao Senado Federal na chapa do governador Romeu Zema (Novo), disse ser simpático à possibilidade de tornar permanente a medida que cresceu em R$ 200 os repasses do Auxílio Brasil.
Inicialmente pensado para entregar R$ 400 aos beneficiários, o programa de transferência de renda vai vigorar em versão ampliada até o fim deste ano. O presidente Jair Bolsonaro (PL) chegou a afirmar, inclusive, que uma nova Proposta de Emenda à Constituição (PEC) pode viabilizar a continuidade dos pagamentos de R$ 600 em 2023.
“?? viável manter esse valor nos próximos anos, mas, como tudo na economia do país, tem de se falar de onde tirar. ?? preciso priorizar. Essa, no meu entendimento, é uma prioridade. Precisamos priorizar quem está na condição de extrema pobreza e pobreza. São pessoas que não têm comida para colocar em casa”, afirmou Aro, nessa quinta-feira (4/8), ao podcast de Política “EM Entrevista”.
Para o candidato ao Senado, é possível conseguir espaço no orçamento federal para a expansão do auxílio.
“A máquina pública ainda está muito inchada. Precisamos enxugá-la mais”, pontuou, citando também a possibilidade de privatização de empresas estatais. “Temos que investir mais nessas pessoas (em situação de vulnerabilidade). Estamos investindo, e podemos continuar. Mas, certamente, vamos ter que cortar de outras áreas. Cabe, ao presidente eleito, fazer o discernimento de onde cortar e propor isso ao Congresso”, completou.
‘Margem para crescer’
Para sustentar a tese de que é possível aplicar mais recursos na assistência social, Aro citou a elevação da fatia orçamentária destinada aos auxílios. Segundo ele, o Bolsa Família gerava desembolso anual de cerca de R$ 35 bilhões; nas contas do deputado, o Auxílio Brasil, se fixado em R$ 600, representa gasto de R$ 120 bilhões a cada 12 meses.
“Os países desenvolvidos gastam em torno de 2% do Produto Interno Bruto (PIB) com assistência social. O Brasil não gastava nem 0,5%. Tínhamos margem muito grande para crescer na assistência social, e crescemos”, falou.
Assista à íntegra da entrevista com Marcelo Aro:
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