Vereadores de oposição criticam ausência de governistas na Câmara e culpam Bruno Reis

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Os vereadores Augusto Vasconcelos (PCdoB) e Tiago Ferreira (PT) criticaram a ausência de parlamentares governistas na Câmara Municipal de Salvador, na tarde desta terça-feira (2). A oposição desejava discutir o veto do prefeito Bruno Reis (União) à Lei Complementar nº 82 de 2022, que regulamenta o piso salarial de agentes de saúde e de combate a endemias já aprovado pelo Congresso Nacional (saiba mais aqui).

 

“Lamentável a postura da bancada do prefeito, que tentou boicotar a sessão, com o objetivo de evitar um debate que é simplesmente o cumprimento da Constituição, através da Emenda Constitucional 120”, criticou Augusto Vasconcelos, em entrevista ao Bahia Notícias.

 

Vasconcelos afirmou que a prefeitura tem pago aos agentes comunitários de saúde um valor abaixo do salário mínimo e pediu que a gestão municipal aceite debater o veto ao piso salarial.

 

“Está assegurado o piso de dois salários mínimos [R$ 2.424] para os agentes comunitários de saúde e de combate às endemias. A prefeitura de Salvador paga apenas o valor de R$ 877, abaixo de um salário mínimo, e se nega a debater o veto do próprio prefeito em relação ao projeto de lei já aprovado na Câmara”, continuou o vereador.

 

O petista Tiago Ferreira culpou Bruno Reis e o ex-prefeito ACM Neto (União) pela ausência da bancada governista na sessão desta terça. Para o vereador, a falta de quórum foi calculada pelos líderes políticos do União Brasil em Salvador, que estariam confundindo a gestão municipal com a disputa pelo governo do estado.

 

“A gente entende que foi uma orientação tanto do prefeito Bruno Reis quanto do seu líder maior, o ex-prefeito ACM Neto, que tenta fazer com que as lutas da classe trabalhadora pela Câmara Municipal de Salvador não sejam vitoriosas para quem está presidindo a Casa, no caso Geraldo Jr., e com isso torná-lo mais popular, dificultando ainda mais seu pleito estadual”, disse o petista.

 

“Ele está trazendo a disputa estadual para o município de Salvador, para as lutas do cotidiano da cidade. Ele deveria separar as coisas”, concluiu Tiago.

 

De acordo com Augusto Vasconcelos, tanto os vereadores de oposição quanto a classe dos agentes de saúde continuarão mobilizados, focados em derrubar o veto de Bruno Reis e garantir o reajuste da categoria.

 

“A gente vai cobrar a responsabilidade desses parlamentares e o Executivo precisa se curvar ao que está previsto na Constituição Federal. A mobilização vai continuar e a bancada de oposição está unida para garantir a derrubada desse veto”, finalizou o comunista.

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