O aneurisma cerebral é um ponto fraco ou fino em uma artéria do cérebro que se dilata ou se enche de sangue. O aneurisma protuberante pode pressionar os nervos ou o tecido cerebral. Também pode estourar ou romper, derramando sangue no tecido e causando hemorragia.
“Um aneurisma rompido pode causar sérios problemas de saúde, como um AVC hemorrágico, danos cerebrais, coma e até a morte”, alerta o neurocirurgião do Hospital Israelita Albert Einstein, Wanderley Cerqueira de Lima.
Segundo o médico, alguns aneurismas cerebrais, principalmente os pequenos, não sangram nem causam outros problemas. No entanto, todos os aneurismas têm o potencial de se romper e causar sangramento no cérebro ou na área circundante. “Eles podem ocorrer em qualquer parte do órgão, mas a maioria se forma nas principais artérias ao longo da base do crânio”, esclarece ao Metrópoles.
De acordo com o especialista, os aneurismas podem atingir pessoas de qualquer idade, mas são mais comuns em adultos entre 30 e 60 anos. A condição também acomete mais as mulheres do que os homens.
Pessoas com alguns distúrbios hereditários também têm maior risco. Cerqueira de Lima cita os principais fatores de risco:
Distúrbios genéticos do tecido conjuntivo que enfraquecem as paredes das artérias;
Doença renal policística (na qual numerosos cistos se formam nos rins);
Malformações arteriovenosas (emaranhados de artérias e veias no cérebro que interrompem o fluxo sanguíneo);
Histórico de aneurisma em um familiar de primeiro grau (filho, irmão ou pai).
O neurocirurgião reforça que a maioria dos aneurismas cerebrais não apresentam sintomas até que se tornem muito grandes, ou se rompam. Um aneurisma maior, que está crescendo constantemente, pode pressionar tecidos e nervos causando:
Dor acima e atrás do olho;
Dormência;
Fraqueza;
Paralisia de um lado do rosto.
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