Bolsonaro diz que vai ‘se recolher’ se perder eleições

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O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta segunda-feira (12) que se arrepende de algumas falas que fez referente às mortes por covid e sobre as mulheres.

O atual dirigente também falou que, caso perca, será fruto da vontade de Deus, e disse que pretende “se recolher”, por não ter mais “nada a fazer na terra se a passagem pela política acabar”.

“Se essa for a vontade de Deus, eu continuo. Se não for, a gente passa aí a faixa e vou me recolher, porque, com a minha idade, não tenho mais nada a fazer aqui na terra se acabar essa minha passagem pela política aqui em 31 de dezembro do corrente ano.”

O presidente surpreendeu, devido ao histórico de falas golpistas. Além disso, diz que “aloprou” ao ter afirmado que não era “coveiro” após ser questionado sobre as mortes pelo coronavírus.

“Dei uma aloprada. Aloprei. Perdi a linha. Aí eu me arrependo”, afirmou após pergunta. “A questão do coveiro eu retiraria. O jacaré foi uma figura de linguagem”, continuou.

“Sou chefe da nação. Eu sei disso. Eu lamento. Não falaria de novo, não falaria de novo. Você pode ver que de um ano para cá meu comportamento mudou. A minha cadeira é um aprendizado”, disse.

Todas as afirmações foram feitas em entrevista a podcasts que têm jovens evangélicos como maior parte do público, segundo os próprios apresentadores, um dia depois da divulgação do resultado de pesquisa do Ipec que aponta que o presidente tem 31% das intenções de voto, contra 46% de Lula.

O candidato à presidência disse ainda que retiraria a afirmação de que o nascimento da filha mulher foi uma “fraquejada”.

“Pisei na bola. Pisei na bola. ?? igual… é comum nós homens falarmos, ???vai nascer criança, vai ser consumidor ou fornecedor????. Brincadeira entre homens. Não falo mais isso para ninguém. Para mim pega”. A afirmação é feita em um momento em que Bolsonaro tenta reduzir a rejeição entre mulheres, parte do eleitorado em que possui maior rejeição.

Já a declaração sobre ser coveiro aconteceu após ser questionado sobre 300 mortes decorrentes da Covid-19 que haviam sido registradas naquele dia. “Eu não sou coveiro, tá?”, disse.

No entanto, na mesma entrevista, Bolsonaro defendeu o tratamento precoce, que é composto por remédios como hidroxicloroquina, mesmo sem haver comprovação científica que o remédio tenha eficácia contra a covid.

O presidente também defendeu a posição do governo em relação à compra de vacinas. O Executivo deixou de responder ofertas de imunizantes antes de começar a comprá-los.

Na entrevista, o presidente também voltou a defender o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, afastado do cargo após suspeitas de desvios de recursos na pasta.

Ele admitiu que indicou um dos pastores para o então ministro e disse que não há indício de que Ribeiro cometeu alguma ilicitude.

“A verdade. Esses dois pastores me procuraram certo dia, muita gente fala comigo, e queriam ter acesso ao ministro Milton que é pastor também. Aí indiquei para o Milton. Aí o Milton resolveu empregar um deles. Tá ok? Como poderia empregar qualquer um de vocês, um parente, um amigo”, afirmou.

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