Motoristas paulistanos reclamam da atuação dos chamados flanelinhas, que cobram por vagas que são da concessão da Zona Azul. Na região da Rua 25 de Março a cobrança tem acontecido com frequência, como foi denunciado à reportagem da Jovem Pan News, que foi averiguar o caso. Caixotes de madeira foram flagrados no lugar das vagas que são do estacionamento rotativo Zona Azul. Os flanelinhas reservam o espaço para quem conhece o esquema. Para que os motoristas não sejam multados, no caso da passagem de veículos de fiscalização com câmeras, os cuidadores colocam as caixas em frente às placas dos carros de forma que não é possível identificar o veículo. ? o que relatou um dos flanelinhas à reportagem, que negociou o valor de R$8 a hora para supervisionar o veículo: ??Só aqui eu trabalho há 21 anos. Só nesse espaço. Desde os 10 anos de idade. Vou deixar um cartãozinho com o senhor e se precisar é só me ligar?. Enquanto a reportagem flagrou a atividade dos flanelinhas, um carro com câmeras de fiscalização passou, mas ninguém desce do veículo para aplicar multas. Quando não há caixotes, as placas são tampadas com papel.
O esquema aparentemente é conhecido pelos lojistas da 25 de março e uma das comerciantes disse que multas são raras na região: ??A CET passa mas não dá multa não. Eles tem tudo um esquema junto. ? tudo no esquema?. Um taxista também detalhou a ação dos taxistas e como funciona a fiscalização: ??Passa uma vez e depois de 10 minutos, se você não colocou o Zona Azul eles passam e te multam. Eles não te multar a primeira vez, porque ás vezes você está chegando. Mas a gente mete o papel [na placa] e já era?. Em nota, a Prefeitura de São Paulo informou que não é atribuição da Companhia de Engenharia de Trafego (CET) combater flanelinhas, já que os fiscais não têm autoridade de polícia. Já a Secretaria de Segurança Pública esclareceu que a atuação dos flanelinhas só é alvo de ação policial se houver delitos como extorsão, roubo ou ameaça, caso contrário não há como realizar a prisão do indivíduo. Pessoas que se sentirem intimidadas ou ameaçadas podem chamar a Polícia Militar pelo número 190. A pasta também afirma que o patrulhamento foi reforçado na Rua 25 de Março.
*Com informações da repórter Carolina Abelin e do produtor Luís Guerra
Comentários Facebook