
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, rebateu nesta quarta-feira, 21, as declarações feitas pelo líder da Rússia, Vladimir Putin, e afirmou que ele faz ameaças irresponsáveis, se referindo ao anúncio feito russo nesta quarta em que diz que vai usar armas nucleares se o ocidente continuar se envolvendo no conflito do Leste Europeu. As falas foram ditas na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), onde também defendeu a carta das nações unidas e voltou a condenar a guerra que já chega ao seu sétimo mês. ???A Rússia violou descaradamente a carta da ONU com a invasão à Ucrânia???, disse. ???Putin falou que estava sendo ameaçado e por isso começou uma guerra, mas ninguém ameaçou ela. Rússia quer extinguir o direito da Ucrânia a existir como Estado???, acrescentou o líder norte-americano. A informação sobre as fala de Biden já tinham sido adiantadas na terça-feira, pelo conselheiro de segurança nacional, Jake Sullivan, em entrevista a repórteres locais. ????? um momento para apoiar os princípios fundamentais da carta???, disse durante a coletiva de imprensa na Casa Branca.
O norte-americano, que naturalmente fala no primeiro dia da Assembleia Geral, chegou com atraso e só discursou hoje porque estava no Reino Unido para o funeral da rainha Elizabeth II e precisou mudar a data. Biden também aproveitou o momento para anunciar US$ 2,9 bilhões de dólares em nova ajuda para enfrentar a insegurança alimentar mundial. A informação já tinha sido previamente adiantada pela Casa Branda e se junta aos ???6,9 bilhões de dólares em assistência comprometidos este ano pelo governo dos Estados Unidos para apoiar a segurança alimentar mundial???, disse um comunicado. Biden também aproveitou o momento para pedir uma reforma urgente no Conselho de Segurança da ONU. A reforma no Conselho é um tema recorrente em quase todas as crises internacionais quando um dos cinco membros permanentes (Estados Unidos, Rússia, China, Reino Unido e França) exerce seu direito de veto para impedir resoluções propostas por outros. Mas a forma como Moscou tem usado seu poder de veto desde que invadiu a Ucrânia levou Washington a retomar o tema e insistir na ampliação do Conselho, que tem 15 membros, incluindo os cinco permanentes.
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