Perto de completar 48 anos, com 22 deles dedicados à escrita literária, a jornalista, escritora, roteirista e apresentadora Thalita Rebouças diz apostar cada vez mais na diversidade como uma ferramenta de alcance e impacto da sua obra.
Carioca da gema, ela é uma das convidadas da Bienal do Livro 2022, que acontecerá no Centro de Convenções de Salvador entre os dias 10 e 15 de novembro. Ao Bahia Notícias, ela contou como tem pensado sua obra, direcionada especialmente ao público juvenil.
“Eu não vou seguir uma gíria, porque os livros ficam. Tanto que muita gente fala que ‘o Fala Sério é porque é uma gíria’, não é porque é para falar seriamente sobre vários assuntos, apesar da leveza e da graça dos meus livros”, afirmou a autora ao ser questionada sobre como faz para dialogar com seus leitores e leitoras.
Ao longo dos últimos anos ela foi a responsável por roteirizar produções audiovisuais como “Fala Sério, Mãe!”, “Tudo por um Popstar”, “Ela Disse, Ele Disse”, “Pai em Dobro”, “Confissões de uma Garota Excluída” e “Luli”.
Segundo Thalita, a forma como se coloca em seus escritos e nas demais obras espalhadas por diversos suportes é de sempre prezar pelo que é verdadeiro. “Falo com verdade, sem julgar, sem lição de moral. O que eu quero passar para eles está muito nas entrelinhas”, explicou.
No entendimento dela, a temática transitória da adolescência, seu grande argumento criativo, é comum a todas as gerações, apesar dos adventos tecnológicos.
“A diferença real é só a internet mesmo. Os conflitos internos são os mesmo de quando eu comecei. São os mesmos de quando Monteiro Lobato começou”, ressaltou, enumerando situações cotidianas.
Para ela, a aderência do público se deve ao acolhimento presente no que coloca nas prateleiras. Juntos, escritos como “Traição entre Amigas”, “Tudo por um Namorado”, “Fala Sério, Amiga!”, “Fala Sério, Pai!”, “Fala Sério, Amor!”, “Por que Só as Princesas Se Dão Bem?”, dentre outros, somam 2,3 milhões em vendas.
Considerando o acolhimento dito, a pretensão de Thalita agora é apostar cada vez mais na diversidade e na promoção de temas outros para, como ela mesma disse, “tornar com que o mundo seja mais humano e colorido”.
“Lancei dois livros LGBTs esse ano e quero muito, cada vez mais, falar sobre inclusão e diversidade. Tô fazendo um livro sobre pessoa com deficiência, quero cada vez mais um elenco mais diverso nos meus filmes. Estou trabalhando muito para issso porque eu acho que a gente tem que normalizar assuntos que até hoje acabam sendo tabus”, concluiu, que também é conhecida por participar do elenco de apresentadores do The Voice Kids.
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