Em terra ou no mar, Salvador oferece espaços públicos repletos de atrativos e belezas naturais para desfrutar, aprender e se conectar com a natureza dentro da cidade. Os parques da cidade abrigam trilhas e atividades que podem ser feitas por quem quer se conectar não só com a fauna e a flora, mas também com a história e a cultura.
Parque São Bartolomeu e Parque Pirajá, Parque da Cidade, Parque de Pituaçu, Parque Marinho da Barra, Parque das Dunas (privado), Jardim Botânico e Parque Zoobotânico são algumas das opções para fazer trilhas e passeios.
Esses lugares, refúgios ao lado de avenidas movimentadas, como a ACM, ou de bairros de alta densidade populacional, como Pirajá e Itapuã, ajudam a regular o clima e filtrar a poluição. São também locais para lazer, descanso e para despertar, por meio da educação ambiental, um olhar diferenciado para a responsabilidade de todos os indivíduos com o meio ambiente.
O Instituto Popular Trilha das Flores (IPTF), organização da sociedade civil capitaneada pelo ambientalista Glauber Machado, é o principal elo de mobilização entre todos os parques e realiza um trabalho socioambiental, fomentando uma rede de apoio entre os gestores e as comunidades, visitantes e órgãos públicos.
Alertando para os problemas sociais, cobrando compromisso das lideranças e lutando pelo direito de uso dos parques por todos os cidadãos, o ambientalista mobiliza pessoas, empresas e organizações interessadas em preservar e manter o patrimônio natural para as próximas gerações. ???O trabalho socioambiental e de turismo de base comunitária nos parques de Salvador ajuda a girar a roda econômica local, seja com os guias ou vendedores de água, lanche, artesanato, incluindo a comunidade nas atividades e sensibilizando as pessoas para a importância de cuidar do que é nosso, receber bem os visitantes e preservar o lugar. Começamos a estimular a qualificação profissional de guias locais, por meio de uma certificação gratuita do Ministério do Turismo, como mais uma forma de gerar renda para a comunidade???, conta Glauber.
Presidente da Rede Brasileira de Trilhas (www.redetrilhas.org.br), Hugo de Castro Pereira ressalta a importância da inclusão das comunidades locais , com a contratação de guias que agreguem conhecimento aos trilheiros. ???A Rede Trilhas recomenda fortemente a contratação de guias locais, pessoas das comunidades do entorno das trilhas, que saibam sobre a história, a geografia, a parte ambiental, social, que situem os visitantes e não apenas guiem ou sejam só mostradores de caminhos???, destaca Hugo.
1. Parque São Bartolomeu e Parque Pirajá
Região de grande importância ambiental, histórica e religiosa. Com 75 hectares situados no território da Área de Proteção Ambiental Bacia do Cobre – São Bartolomeu, do Sítio Histórico de Pirajá e do Parque Metropolitano de Pirajá. Abrigam o último rio vivo de Salvador, a barragem da Lagoa da Paixão e pelo menos quatro cascatas, nem todas recomendadas para banho. ?? um dos últimos pedaços de Mata Atlântica. Cenário de fatos históricos, como a Batalha de Pirajá pela Independência do Brasil na Bahia. Tem rapel, trilhas, aula de arquearia e outras atividades divulgadas previamente. ?? importante, antes de ir, entrar em contato com o IPTF.
Contato: Glauber Machado – (71) 98371-7858
Endereço: Rua São Bartolomeu, 25, Plataforma.
Funcionamento: segunda a sexta, das 8h às 17h; sábado até 16h.
Valor: grátis (nas trilhas guiadas pede-se uma contribuição social de 25 reais).
2. Parque Municipal Marinho da Barra
Entre os fortes de Santo Antônio e de Santa Maria, a área com 322 km² foi criada em 2019 como Unidade de Conservação Ambiental de Proteção Integral. Há três naufrágios: Bretagne (1903), Germânia (1876) e Miraldi (1875). O local reúne organizações compromissadas com a preservação dos resquícios históricos, com as regras para o controle da pesca, do trânsito de embarcações motorizadas e de atividades que causem impacto negativo ao ecossistema marinho. O instrutor Ronaldo Batista Santos e sua equipe da Mergulho Pirata estão na área todos os dias, auxiliando o público que deseja conhecer as ???trilhas subaquáticas???. Acredite, não precisa saber nadar para mergulhar.
Contato: (71) 98844-2336.
Endereço: entre o Farol e Porto da Barra.
Funcionamento: 8h às 17h, diversas empresas fazem ecoturismo – valor varia de R$ 80 (snorkel) a R$ 250 (cilindro).
3. Parque das Dunas
Maior parque urbano de dunas, lagoas e restingas do Brasil, criado em 1994, com mais de 6 milhões de m², salas de aulas ao ar livre, herbário, auditório, laboratório, minhocário, horto e mais espaços. Reconhecido pelo título de RBMA-Unesco, concedido a entidades de preservação da diversidade biológica, que realizam atividades de pesquisa, monitoramento e educação ambiental, desenvolvimento sustentável e melhoria da qualidade de vida das populações. Ganhador do Prêmio Muriqui, que reconhece os trabalhos de preservação, educação ambiental e sustentabilidade. O parque é privado, mas grupos de escolas públicas não pagam a visitação.
Contato: Jorge Santana (71) 98888-0188 e 98740-6163 / @parquedasdunassalvador (Instagram).
Endereço: R. José Augusto Tourinho Dantas, 1001, Praia do Flamengo.
Funcionamento: segunda a sexta, das 7h30 às 17h30, sábado 8h às 12h, domingos a combinar.
Valor: R$ 20.
4. Parque de Pituaçu
?? considerado a maior reserva ecológica da cidade, com possibilidade de trilhas ecológicas, competições esportivas, atividades culturais e exposições. Situado no bairro de mesmo nome, próximo à orla marítima e atualmente ocupando 425 hectares, possui ciclovia de 15 km, instalada no entorno da lagoa, além de outras oportunidades de descanso e contato com a natureza, como a pista de caminhada e o píer. Não é recomendado a pessoas sem prática completarem o circuito todo devido à distância, aconselhando-se voltar do quilômetro 4, aproximadamente. Por questões de segurança, é importante estar sempre acompanhado e agendar previamente passeios e trilhas, de preferência com grupos.
Contato: Glauber Machado (71) 98371-7858 / @vivapituacu (Instagram).
Endereço: Av Octávio Mangabeira, Pituaçu.
Funcionamento: segunda a sexta, das 8h às 17h, sábado, domingo e feriados, das 8h às 18h.
Valor: grátis.
5. Parque da Cidade
O Parque Joventino Silva, ou Parque da Cidade, preserva Mata Atlântica e restinga em uma área de 724 mil m². Abriga diversas espécies ornamentais e frutíferas, espaços ao ar livre para brincar, feiras de artesanato, e coworking no Espaço Colabore em parceria com o Sebrae (@colabore.ssa). Tem espaço permanente para oficina de grafite, circuito de slackline, quadras de futebol, vôlei e pista de skate. Trilhas para caminhadas de fácil acesso a pessoas de todas as idades, que idealmente devem ser feitas em grupo, sempre entrando em contato para se informar antes de fazer alguma trilha (@parquedacidade.salvador) e também com o IPTF. Para marcar eventos, consulte o site oficial.
Contato: Glauber Machado, que organiza passeios e trilhas – (71) 98371-7858.
Telefone fixo do parque: (71) 3611-3803.
Endereço: Av. ACM, s/n, Itaigara.
Funcionamento: segunda a sábado, 5h às 22h.
Valor: grátis.
6. Jardim Botânico
Importante área de estudo, manutenção e conservação da Mata Atlântica na capital baiana, o espaço possui cerca de 160 mil m² de área com 61 mil espécies de árvores e plantas da Mata Atlântica, Cerrado e Caatinga, e está aberto à visitação pública. Recebe pesquisadores e o público em geral, tem viveiro para a conservação de plantas, atividades voltadas para a educação ambiental, além de incentivo à utilização sustentável da flora como forma de preservação ambiental. Possui trilhas pela mata e asfaltadas, em diferentes níveis de dificuldade. ?? importante se informar sobre as trilhas antes de ir.
Contato: (71) 3393-1266. Para agendamento de grupos deve-se enviar ofício com 15 dias de antecedência.
Endereço: Av. São Rafael, s/n, São Marcos (na rotatória de acesso à via regional).
Funcionamento: terça a sexta-feira, das 8h às 16h30.
Valor: grátis.
7. Parque Zoobotânico Getúlio Vargas (Zoológico)
Este é o nome oficial do zoológico de Salvador. Com uma área verde de 250 mil m², devido à incorporação do remanescente secundário de Mata Atlântica conhecido como Mata do Zoo, o parque é aberto ao público, que pode circular por 3.000 m de pista de caminhada. Mantém 1.400 animais, divididos em 134 espécies (56 de aves, 45 de mamíferos e 31 de répteis), das quais 88% são brasileiras. Prioriza a conservação e promove pesquisas científicas, além de programas de educação ambiental associados ao lazer e ao entretenimento. Tem clínica veterinária, museu, setores de nutrição, botânica, educação ambiental, pesquisa e conservação, além da quarentena, local que abriga os animais recém-chegados.
Contato: www.zoo.ba.gov.br / @zoosalvador (Instagram).
Endereço: Tv. Alto de Ondina, s/n, Ondina.
Funcionamento: terça a domingo, 9h às 17h, incluindo feriados.
Valor: grátis.
Comentários Facebook