Com um ano passado da convocado audiência pública com os moradores de Mussurunga para apresentar o Relatório do Impacto de Vizinhança (RIV) da construção do condomínio Colinas Imperial (veja aqui), a construtora MRV ainda não iniciou as obras para a instalação do imóvel no bairro. Um líder comunitário de Mussurunga procurou o Bahia Notícias para se manifestar sobre o tema.
Ao Bahia Notícias, um líder comunitário que pediu para não ser identificado, em razão de receio de represálias da MRV, indicou que o maior problema será o sistema viário, haja visto que o projeto comtempla apenas uma via para acesso ao empreendimento pela Avenida 29 de março. Entretanto, o projeto não leva em conta que os serviços que serão usados pelos novos moradores – quase vinte mil – estão localizados no miolo no bairro de Mussurunga, tais como, supermercados, farmácias, bares e restaurantes, cabeleireiros, escolas, postos de saúde e oficinas.
O líder comunitário revelou que o município de Salvador, para aprovar a implantação de empreendimentos imobiliários nessa área exigiu que o proprietário, à época a Patrimonial Volga, empresa do Grupo UTC Engenharia, hoje em recuperação judicial devido a Operação Lava Jato, construísse um novo sistema viário para o Bairro de Mussurunga, cujo TAC – Termo de Acordo e Compromisso foi, inclusive, registrado em cartório e integra o PLANMOB Municipal (Lei nº 9.374/2018.
Entretanto, na atual administração, esse projeto do sistema viário que resolveria o problema de tráfego no Bairro, sem custo para a municipalidade pois a área já foi desapropriada pelo Município, foi descartado não se sabe porquê. Portanto, segundo esse mesmo líder comunitário, “se o sistema viário atual do bairro já não suporta a demanda presente, como ficará o trânsito no Bairro após a inclusão desses novos moradores?”, questionou. “A Sedur já foi alertada e até agora, não se sabe porque, não se posicionou”, finalizou.
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