Posição de Jerônimo sobre debate com ACM Neto na TV Bahia esquenta disputa

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Entre líderes da base aliada e da oposição, é grande a expectativa em torno do veredito de Jerônimo Rodrigues (PT) sobre o debate da TV Bahia com ACM Neto (União Brasil), marcado para quinta-feira que vem. ??s 14h de hoje, será realizado o primeiro encontro da emissora com representantes dos dois candidatos para discutir detalhes do confronto, mas a equipe do petista não havia confirmado presença na reunião até a noite de ontem. Reservadamente, auxiliares próximos ao ex-secretário estadual da Educação admitem divergências internas quanto à presença de Jerônimo no debate, sobretudo, por integrantes da coordenação política da campanha. 

Bola dividida
Uma parte do núcleo-duro do PT considera o duelo direto com ACM Neto arriscado demais, sob o argumento de que o desempenho de Jerônimo nas últimas entrevistas ao vivo repercutiu muito mal. A outra acha que a ausência pode custar caro, por ser traduzida pelo eleitorado como medo do petista de encarar o rival e expor as próprias deficiências.

Ponto de mutação
Publicamente, ao menos dois petistas graduados defendem a ida de Jerônimo aos debates: os deputados federais reeleitos Jorge Solla e Joseildo Ramos. Já os irmãos Lúcio e Geddel Vieira Lima, que comandam o MDB da Bahia e engrossaram a tropa de porta-vozes da campanha do ex-secretário no segundo turno, vinham se posicionando contra a participação, mas evitaram o tema nas manifestações mais recentes. Cardeais governistas consultados pela Satélite garantem que Jerônimo só irá ao confronto na TV Bahia se houver chances altas de sofrer uma virada na reta final.

Neblina na pista
Até o momento, a cúpula do PT e os estrategistas da campanha de Jerônimo ainda mantêm dúvidas sobre a presença no debate. Em especial, pelas imprecisões apresentadas por diferentes pesquisas, tanto as que foram divulgadas na imprensa quanto as de consumo interno. Ao mesmo tempo, há uma crescente apreensão com o cenário da disputa presidencial, cada vez mais imprevisível, e os eventuais efeitos da queda de braço entre Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL) na corrida pelo governo baiano, onde qualquer variação tem capacidade para alterar o quadro de modo substancial.

Ver para crer
Ao contrário do round anterior, a primeira pesquisa do Ipec realizada no estado após a votação de 2 de outubro, que será divulgada hoje na TV Bahia, não é aguardada com a mesma ansiedade de outrora nos dois polos da batalha pelo Palácio de Ondina. Isso porque permanece a desconfiança provocada pela discrepância entre a última sondagem do instituto fundado por executivos do antigo Ibope e o resultado das urnas.

Nem te ligo
Seja lá qual for o panorama radiografado pelo Ipec, favorável ou não, a ordem no QG da União Brasil é tratar os números com distanciamento crítico e concentrar esforços na busca por cada voto. Ou seja, agir como quem está atrás no placar e precisa suar até o último minuto para virar o jogo.

Como é que o secretário que fechou a EBDA e deixou a educação da Bahia nos últimos lugares tem condição de debater com aquele que foi melhor prefeito do Brasil por 8 anos?
Paulo Azi, deputado federal reeleito pela União Brasil               

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