A deputada estadual reeleita Olívia Santana (PCdoB) fez duras críticas, durante o podcast Projeto Prisma nesta segunda-feira (17), à prefeitura de Salvador comandada pelo União Brasil. De acordo com a parlamentar, um projeto de indicação de reforma de uma praça no Rio Vermelho foi recusado pela gestão municipal por ter sido feito por ela.
“Um grupo de moradores me procurou para pedir a reforma da praça do Morro das Vivendas. E aquela área é usada por moradores do Rio Vermelho, mas também por moradores do Vale das Pedrinhas, pela paróquia que faz as missas ali, e a praça está completamente abandonada. Mas como fui eu quem pedi, fiz audiência pública, mandei um projeto de indicação para a prefeitura pedindo a reforma, nunca a reforma aconteceu. E eu tenho informações, de dentro da prefeitura, de que a prefeitura não liberou a reforma porque fui eu que fiz a indicação”, relatou a deputada.
Para Olívia, a prefeitura de Salvador pratica uma “perseguição mesquinha” ao não atender a indicações e emendas de deputados de grupos políticos em oposição ao União Brasil. A deputada defendeu que as questões ideológicas e eleitorais não interfiram em decisões do interesse da população da cidade.
“Esse tipo de perseguição política mesquinha rebaixa a política. Porque, independente de eu ser uma deputada que fez o enfrentamento e que foi candidata a prefeita, eu sou uma moradora da cidade, eu pago meu IPTU. E acredito que, em pautas que sejam do interesse da população, é obrigação do prefeito atender. Isso não é uma concessão para Olívia. Ele está cumprindo o dever dele em relação à população da cidade”, continuou a deputada.
Olívia ainda fez uma comparação entre a gestão estadual, liderada pelo governador Rui Costa (PT), e a administração municipal de Salvador, hoje comandada por Bruno Reis (União).
“O DEM [atualmente, União Brasil] não trabalha assim. Eles são muito fechados. Eu fico olhando, por exemplo, a forma de Rui Costa trabalhar: faz obras lá em Camaçari, o prefeito é do União Brasil, mas o governo vai lá, constrói a escola, faz a obra, chama o prefeito, tem uma relação institucional aberta mesmo sendo de oposição. Aqui, não tem isso, não tem gesto da prefeitura [de Salvador] em relação aos parlamentares”, comparou a parlamentar.
“A única exceção que houve foi quando eu busquei a prefeitura, inclusive em parceria com [a deputada federal] Alice Portugal [PCdoB], porque estava um absurdo o Antônio Pitanga querendo fazer o filme Malês, sobre a história de uma rebelião negra na Bahia, e aí eu busquei sim a prefeitura, o prefeito Bruno Reis, que deu uma contribuição para o filme. Mas foi a única situação”, concluiu Olívia.
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