Em texto publicado em seu site pessoal nesta segunda-feira (24/10), José Sarney (MDB) declarou voto em Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno das eleições. O ex-presidente e ex-senador maranhense justificou a escolha a partir da defesa do Supremo Tribunal Federal (STF) e das instituições democráticas.
???No próximo domingo, o eleitor decidirá se vota pelo fim da democracia ou por sua restauração. Esse voto não é para quatro anos de governo: é um voto para o destino do Brasil. O voto em Bolsonaro é voto contra as instituições, que terá como consequência anos de autocracia, um regime de força, construído na mentira sistemática e no abuso do poder. O voto em Lula ??? que já tem seu lugar na história do Brasil como quem levou o povo ao poder e como responsável por dois excelentes governos ??? é voto pela democracia, pela volta ao regime de alternância de poder, pela busca do Estado de Bem-Estar Social. A diferença é clara???, escreveu Sarney.
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José Sarney ainda citou líderes internacionais como Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos; Viktor Orbán, primeiro-ministro da Hungria; e Vladimir Putin, presidente da Rússia, como representantes de artifícios de um movimento similar ao bolsonarismo. ???Uma de suas marcas é a proliferação das fake news. Outras a xenofobia, o racismo, a divisão da sociedade. Assim se hostiliza, agora, os nordestinos, os pobres, como se fossem brasileiros inferiores. Isso atenta contra todos os princípios democráticos e até éticos???, afirmou.
O orçamento secreto também foi apontado como um dos motivos que levaram Sarney a declarar voto em Lula. O ex-presidente começa o texto relembrando quando ele e Tancredo Neves chegaram à presidência em um momento de transição democrática após 21 anos de Ditadura Militar.
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Para Sarney, o momento atual é de semelhante importância para posicionamento a favor da democracia. Ele cita que ???raras vezes se viu o ataque sistemático do Executivo contra o Judiciário??? e destaca o papel do STF na redemocratização do Brasil.
Além de Sarney, Lula conta com Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) na lista de ex-ocupantes do Palácio do Planalto que endossaram sua campanha. Entre os que já disputaram a corrida eleitoral e declararam apoio ao petista estão José Serra (PSDB), Guilherme Boulos (Psol), Henrique Meirelles (MDB), Marina Silva (Rede), Simone Tebet (MDB), Ciro Gomes (PDT) e Geraldo Alckmin (PSB), que é candidato à vice-presidência.
Lula terminou o primeiro turno das eleições na liderança, com 48,43% dos votos contra 43,2% do atual presidente Jair Bolsonaro (PL). Os dois voltam a se enfrentar nas urnas no próximo domingo (30/10).
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