Otto nega conversas por ministério e vê tendência do PSD integrar base de Lula no Senado

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O senador reeleito Otto Alencar é o quadro do PSD mais próximo do PT. Integrante de uma longa aliança com os petistas da Bahia, ele foi um dos poucos nomes dos socialdemocratas que não hesitaram em momento algum antes de apoiar Luiz Inácio Lula da Silva (PT) – hoje presidente eleito – contra o atual mandatário Jair Bolsonaro (PL). Agora, com as eleições encerradas, o parlamentar está articulando junto à bancada de seu partido no Senado um apoio ao futuro governo Lula.

 

“Eu acho que temos grandes chances do PSD estar com Lula. No Senado, onde teremos a segunda maior bancada, com 11 senadores, vejo uma tendência nesse sentido. Já conversei com alguns do meu partido, para que a gente possa garantir a governabilidade de Lula no Senado”, contou o senador, em entrevista ao Bahia Notícias.

 

Além de nomes como Rodrigo Pacheco (PSD) – presidente do Senado e apontado como o preferido de Lula para o cargo no início do governo – e Omar Aziz (PSD) – que já apoiou o petista durante as eleições -, Otto ainda listou senadores com os quais ele já conversou sobre o tema.

 

“Conversei com Nelsinho Trad, do Mato Grosso do Sul; com Vanderlan [Cardoso], de Goiás; Carlos Fávaro, do Mato Grosso; com [Ângelo] Coronel, então, nem se fala, já está com a gente. Ainda tem Omar, Pacheco e outros quadros do nosso partido que eu ainda não conversei sobre, mas irei conversar”, relatou o senador baiano.

 

Otto diz ainda que, no caso da Câmara, o que ele pode garantir é que os seis deputados federais eleitos pelo PSD na Bahia já estão fechados com Lula e devem compor a base governista no Congresso Nacional.

 

“Não é apoio em troca de cargos. Queremos garantir a governabilidade de Lula, recuperar a unidade do Brasil, que se perdeu nos últimos anos. Infelizmente, o presidente Bolsonaro é responsável por isso. Demorou 48 horas para assumir a derrota, provocou toda essa confusão que está acontecendo nas rodovias do país, prejudicando toda a população”, criticou Otto.

 

Segundo ele, não procedem as informações que circulam em parte da imprensa baiana de que ele estaria cotado para comandar algum ministério. Otto garante que não conversou nem com o presidente do PSD, Gilberto Kassab, nem com o presidente eleito Lula sobre quaisquer cargos.

 

“Não existe essa conversa. Tem meses que Kassab não fala com Lula, então não tem como ele ter me indicado para ministério nenhum. Não pedi cargo a nenhum dos dois. Estou focado em, no exercício do meu mandato de senador, garantir a governabilidade, contribuir com o Brasil”, afirmou Otto.

 

“Eu nunca pedi cargos na minha vida. Nem para ministro nem para secretário nem nada. Não trabalho dessa forma. Acho que as oportunidades aparecem na medida em que a gente trabalha da maneira correta”, concluiu o senador.

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