Acusado de estupro, ex-vereador Gabriel Monteiro é preso no Rio de Janeiro

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O ex-vereador Gabriel Monteiro foi preso após decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro em razão do caso de estupro. Ele se apresentou na 77ª Delegacia de Polícia (Icaraí), nesta segunda-feira (7), onde o mandado foi cumprido.

A vítima do caso afirma que conheceu Gabriel na boate Vitrinni, no bairro da Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, e de lá foi levada para a casa de um amigo de ex-parlamentar, no Joá, na Zona Sul. As informações são do G1.

Ainda segundo a vítima, no local, Gabriel teria a constrangido a fazer sexo com ele, usando de violência, apontando uma arma no seu rosto, empurrando-a na cama, segurando seus os braços e dando tapas na sua cara.

Vereador cassado

Gabriel Monteiro teve o seu mandato cassado pela Câmara Municipal do Rio de Janeiro no último mês de agosto. Monteiro foi julgado por quebra do decoro parlamentar, por três motivos: encenação com uma menor de idade em um shopping, agressão contra um morador de rua convidado para a encenação de um roubo na Lapa e relação sexual gravada em vídeo com uma menor de idade, que posteriormente teve as imagens vazadas na internet. 

Também houve, durante os trabalhos da Comissão de Ética, denúncias de assessores do vereador por importunação sexual e estupro, mas esses crimes, como não faziam parte da denúncia inicial, não foram inseridos no relatório final. O vereador Chico Alencar (Psol), relator do processo por quebra de decoro de Gabriel Monteiro no Conselho de Ética da Câmara, leu parte do relatório aprovado pelo conselho, pedindo a cassação do mandato. Alencar disse que vídeos foram editados de forma a abusar de pessoas vulneráveis. “A filmagem da relação sexual com uma menor de idade, à época com 15 anos de idade, choca a todos. O vídeo é impublicável, com agressão física a mulher. Isso está filmado. Isso é impublicável”, disse o relator. “A conduta do vereador de filmar cenas de sexo com menores é crime. Está no Estatuto da Criança e do Adolescente. É crime fotografar, filmar, cenas de sexo envolvendo crianças e adolescentes. Armazenas vídeo, fotografia, com cena de sexo explícito é crime. Os vídeos têm diálogos estarrecedores”.

A defesa de Monteiro sustentou que a encenação com a adolescente no shopping foi consentida pela mãe da jovem, que a gravação com o morador de rua era um experimento social e que ele teria sido agressivo, e que o vereador não sabia que a menina com quem se relacionava era menor de idade.

O advogado Sandro Figueredo também argumentou que Monteiro estava sendo vítima de uma conspiração da chamada máfia do reboque, empresa que teria sido denunciada por ele. 

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