Infectologista alerta para urgência de ações contra a dengue no Brasil

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Entre janeiro e outubro deste ano o número de mortes por dengue no Brasil teve um aumento de 400% em comparação com o mesmo período do ano passado. 

 

De acordo com o professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Kleber Giovanni Luz, somente este ano, mais de 1,4 milhão de casos da doença foram registrados no país. O número de óbitos chegou a quase 900.

 

Para a CNN Brasil, ele, que também é consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia, explicou que os casos de dengue seguem um ciclo e aumentam a cada 3 ou quatro anos. As razões, segundo Luz, “dependem de condições climáticas e do índice de infestação do mosquito.”

 

“Quando se aproxima o mês de dezembro, aumenta temperatura, e os casos aumentam, com pico em fevereiro, março e abril; as ações têm de ser tomadas agora”, alertou.

 

O combate efetivo do mosquito transmissor depende, na avaliação do especialista, de uma “ação conjunta”, envolvendo campanhas educativas, uso de larvicidas, fumacê e da colaboração das pessoas para não permitir criadouros.

 

“O mosquito prefere locais protegidos do sol e um pouco de água é suficiente, 2 ou 3 cm de água já fazem estrago”, explicou. O infectologista também alertou que a dengue é uma doença “traiçoeira”, já que evolui para a morte, quando o caso é grave, entre o terceiro e quarto dia de infecção.

 

O momento mais importante de ir ao médico é quando, após o surgimento de dores nos músculos e articulações, a febre diminui. “Esta hora a doença dá um contrapé, a febre diminui, o indivíduo sente náusea, vômito e tem queda brusca da pressão arterial, que leva à morte.”

 

Crianças e pessoas com comorbidades, como diabetes e pressão alta, estão entre as com maior risco de evolução para casos graves, destacou a publicação.

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