Secom cita mensagens ‘desrespeitosas’ para rejeitar reunião de transição

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A Secom (Secretaria Especial de Comunicação Social) do governo Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta terça-feira (22) que publicações “desrespeitosas” feitas nas redes sociais por um dos integrantes da transição do governo do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), impedem a realização de reuniões com a equipe do petista.

 

Em nota, a pasta afirmou que continuará prestando por escrito informações à transição.

 

Apesar de não ter mencionado o deputado federal André Janones (Avante-MG), o texto da Secom foi uma resposta a publicações feitas pelo parlamentar que liderou a campanha de Lula nas redes sociais e segue fazendo críticas ao governo Bolsonaro após as eleições.

 

“As recentes postagens, inverídicas, distorcidas e desrespeitosas, publicadas por um dos integrantes do Grupo de Trabalho relacionado à comunicação social na transição de governo, demonstram e materializam a não observância dolosa do princípio de colaboração por parte desse integrante, o que, praticamente, inviabiliza a realização de reuniões com o Grupo Temático”, afirma a nota da Secom de Bolsonaro.

 

Janones é um dos membros do grupo da transição que trata da comunicação social.

 

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Antes da divulgação da nota do governo Bolsonaro, o parlamentar escreveu nas redes sociais que a “quadrilha da Secom” havia faltado a uma reunião com a transição. “E avisa que não vai participar de mais nenhuma reunião com a minha presença”, afirmou ainda Janones.

 

Na mesma publicação, o parlamentar disse que iria acionar a Justiça para que a Secom forneça “as informações debaixo da vara, conforme manda a lei”.

 

A Secom já havia publicado duas notas nos últimos dias para rebater acusações de Janones sobre valores de contratos do governo Bolsonaro para pesquisa de opinião e sobre a aquisição de bandeiras do Brasil para as celebrações dos 200 anos da Independência.

 

Bolsonaro chegou a pedir ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) a derrubada dos perfis de Janones durante as eleições. A corte não aceitou o pedido, mas determinou um monitoramento das redes do parlamentar e do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) na última semana antes do segundo turno.

 

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“O respeito mútuo e a cordialidade são, sem dúvida, partes integrantes e imprescindíveis de qualquer processo que pretenda ser colaborativo”, afirma a nota da Secom publicada nesta terça.

 

“A Secom, cumprindo os ditames legais relacionados à transição, prestou e continuará prestando, por escrito e dentro do prazo legal estipulado, todas as informações relativas à sua área de competência, desde que oficialmente solicitadas, garantindo a lisura e a transparência no processo”, diz ainda o mesmo texto.

 

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