A secretária da Fazenda de Salvador, Giovana Victer, questionou um dos principais pleitos dos críticos ao formato de formação de preços do IPTU da cidade e classificou como “canto da sereia” a sugestão de atualização da planta genérica de valores. Em entrevista ao Bahia Notícias, Victer apontou que um pequeno grupo tem tentado “colocar querosene” no tema do IPTU e “cria um pseudo estado de crise”.
“Não vamos soltar as travas. Não vamos fazer isso com as pessoas. Não vou aumentar em até 300% o IPTU dos imóveis da cidade. Bruno Reis não vai fazer isso. Temos, não é um movimento, é um pequeno grupo de sindicatos e pessoas ligadas a políticos de oposição. São ações individuais, que estão divulgando fake news sobre o IPTU de Salvador”, defendeu Victer.
A secretária também ressaltou que algumas diferenças nos valores do IPTU “são por conta das travas”. “Os que existiam em 2014 e os que passaram a partir de 2015. Ninguém está defendendo, mas não vamos aumentar o IPTU para 80% da cidade. Vamos criar uma trajetória no caminho do equilíbrio, vai ser gradual para não causar impacto nas famílias e empresas. Já está no projeto de lei, uma correção de 35% dos descontos da progressividade, que atinge esses imóveis novos, vamos corrigir as faixas das progressividades. Temos uma quantidade que não terá aumento algum e tem alguns que vão baixar de valor”, comentou.
“Depois da pandemia, de 2014 para cá, você imagina que não deve ter havido nenhuma valorização imobiliária, com aumento dos índices da construção civil, com a inflação dos imóveis depois da pandemia. O que iria acontecer se fizéssemos uma atualização da planta, só pela avaliação. Fizemos o ajuste pela inflação, ajustamos a planta só pela inflação. Os grupos estão solicitando a revisão da planta de toda a cidade. Para que? Refletir a inflação da pandemia sem ter um equilíbrio nos imóveis? É um grupo político querendo provocar decisões que não serão tomadas”, disse.
Victer também garantiu que a prefeitura está disposta a dialogar com todos sobre a temática. “Se a prefeitura fosse convidada para essa audiência pública, eu iria, como sempre vou. Não fomos convidados. Eu já recebi o movimento lá, eles me deram uma relação de condomínios, tudo organizado. Não tem esse negócio de não ter diálogo”, indicou.
RELAÇÃO COM A CÂMARA
A responsável pela Sefaz sinalizou que a Câmara “sempre se mostrou muito responsável com a cidade”. “Não podemos politizar, e estamos percebendo um movimento muito pontual, de alguns grupos ligados a alguns políticos criar tumulto”, comentou.
A Câmara tem responsabilidade com a cidade, temos muita confiança com a Câmara, diálogo equilibrado, responsável e coerente. Não podemos desrespeitar os contribuintes nesse nível”, disse a secretária.
Victer também reforçou que está presente no projeto enviado para a Câmara a isenção para IPTU de imóveis na capital. “Vai a R$ 125 mil. São 256 mil imóveis que não pagam IPTU em Salvador. Isso é o reajuste do valor venal, tem no projeto. O prefeito não vai ceder. Não iremos prejudicar 80% dos imóveis desta cidade”, completou.
SITUAÇÃO COM SINDICATOS
Outro ponto alegado por Victer foi que as manifestações sobre o IPTU teriam relação com alguns sindicatos da capital baiana.
“Vamos com a KPMG, implementar práticas de compliance, experiência única no Brasil. Isso incomoda muita gente. Essas pessoas que estão ligadas ao sindicato estão incomodadas com isso. Não vamos recuar um centímetro no caminho da transparência e correição”, disse.

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